Postos de transformação e armários da EDP instalados em sete freguesias rurais de Braga vão ser recuperados e embelezados, ao abrigo de um projeto artístico que junta a Câmara local e a Fundação EDP, foi hoje anunciado.
Trata-se do projeto “Energizarte”, que se propõe implementar intervenções artísticas em meio rural, particularmente em territórios de baixa densidade, como instrumento de inclusão social.
Como explicou o presidente da Câmara, Ricardo Rio, o projeto propõe-se “reinventar o mobiliário urbano” das freguesias envolvidas, para que alguns dos espaços mais abandonados sejam “verdadeiramente energizados”.
Alguns desses espaços são estruturas da EDP que, como disse a vereadora da Cultura, Lídia Dias, atualmente se apresentam “muito feios e mal cuidados” e que “descaracterizam a paisagem”.
Com as instalações artísticas, esses espaços tornar-se-ão pontos de atração.
O projeto irá realizar-se nas freguesias de Padim da Graça, Merelim S. Paio, Panóias, Parada de Tibães Palmeira, Crespos e Pousada.
“Juntando artistas consagrados (João Martinho Moura, Sebastião Peixoto e José Pedro Santos) com artistas locais, o projeto consistirá num processo participativo com a população local, de forma a dar corpo a um conjunto de intervenções artísticas, tendo por base o património cultural, as tradições locais e as situações sociais concretas”, refere um comunicado do município.
O primeiro passo para a concretização do projeto passa pela realização de assembleias comunitárias em cada uma das freguesias.
Nestas assembleias, que arrancam já hoje, pretende-se criar um espaço de diálogo entre os artistas e a população local, resultando, no final, na definição de um roteiro de arte e dos espaços públicos a intervencionar, que inclui também postos de transformação e armários da EDP Distribuição.
Após estas assembleias, os artistas irão refletir e elaborar as suas propostas criativas, de acordo com o feedback obtido no contacto inicial com a comunidade.
Em junho, serão realizadas novas assembleias, para apresentação final das intervenções artísticas a executar.
“O Energizarte funcionará como instrumento de inclusão social, envolvendo a população local, em particular quem se encontre em situações de risco e/ou de exclusão, promovendo o acesso à arte e aumentando, desta forma, a autoestima das comunidades”, acrescenta o comunicado.