Um empresário residente em Santiago de Compostela, na Galiza, foi detido pelas autoridades pelo presumível roubo de material sanitário avaliado em cerca de cinco milhões de euros, entre o qual dois milhões de máscaras.
A detenção ocorreu com a colaboração das autoridades portuguesas, por se julgar que o material seria, entretanto, vendido a empresários portugueses.
Fonte da investigação, citada no jornal La Voz de Galícia, explica que o material foi roubado de um armazém situado na zona industrial de Tambre, no país vizinho. As câmaras de videovigilância acabaram por permitir alcançar o autor do furto e os seus contactos portugueses, que se deslocaram ao armazém em causa na altura do furto.
A investigação começou depois de uma denúncia, já em tempos de pandemia covid-19, de que várias máscaras e equipamentos de proteção estavam alojados numa empresa especializada nesse tipo de produtos, mas que a mesma se encontrava em insolvência.
As autoridades realizaram buscas no espaço dirigido pelo empresário detido e encontraram o material, já fora das caixas originais, numa forma do autor ocultar a sua precedência.
A vice-presidência da Xunta de Galícia veio a público condenar o ato, indicando que as autoridades acreditam que o roubo terá sido realizado quando Itália já se encontrava a braços com falta de material, o que prova a intenção de aproveitamento dos autores.
O homem encontra-se sob inquérito judicial enquanto as autoridades desenvolvem a investigação em colaboração com as congéneres portuguesas, pois acreditam fortemente que serão lusitanos os cúmplices deste roubo.