Uma mulher de 30 anos, de nacionalidade portuguesa, foi condenada a pena de dois anos de prisão suspensa na sua execução caso pague 3.000 francos suíços (cerca de 3 mil euros) à rede de supermercados suíço Migros por ter, durante cerca de um ano, furtado produtos com recurso a burla informática, em Neuchâtel, na Suíça. Uma outra portuguesa também foi condenada pelo mesmo tipo de crime.
Segundo o jornal suíço 20minutes, a estratégia utilizada pela mulher era simples, mas eficaz: fazia as compras na loja Migros utilizando o aplicativo SubitoGo, mas cancelava-as logo depois de sair da loja através das caixas automáticas, que apenas cobravam o que restava na aplicação, acabando por conseguir os restantes produtos de graça.
De acordo com a justiça suíça, a mulher terá utilizado este esquema durante um ano, amealhando mercadorias no valor de 21.475 francos suíços (cerca de 21.100 mil euros), até finalmente ter sido identificada.
Vai ter ainda de pagar 600 francos para cobrir as custas do processo judicial.
Uma outra mulher portuguesa também foi condenada pelo mesmo tipo de crime, que terá praticado durante quatro meses num apuro de 5.694 francos suíços em produtos do supermercado. Terá de pagar 30 francos durante 90 dias e 1.050 em custas judiciais.
Em declarações ao 20minutes, um porta-voz da Migros disse que se tratam de casos isolados (cerca de 1%) onde os infratores acabam sempre por ser punidos. Tristan Cerf adiantou ainda que a rede de supermercados vai continuar a utilizar a mesma estratégia de confiança com os clientes, não adotando, por exemplo, a admissão de alarmes sonoros ou outras “medidas estigmatizantes” para os clientes.