Português detido por atropelar mortalmente quatro pessoas em Madrid

Conduziu 40 quilómetros a ver por buracos no pára-brisas partido

Quatro pessoas morreram este domingo vítimas de um atropelamento e fuga em Torrejon de Ardoz, nos arredores de Madrid, disse fonte dos serviços de emergência locais. Entretanto, o condutor, de 35 anos e nacionalidade portuguesa, foi detido pelas autoridades.

Uma mulher, de 70 anos, e três homens, de 40, 60 e 17 anos, morreram no local, com fraturas e traumas múltiplos, indicaram.

As equipas de emergência médica, da Cruz Vermelha, uma ambulância municipal e elementos da Proteção Civil, que se deslocaram ao local, prestaram assistência a quatro feridos graves: duas mulheres, de 31 e de 30 anos, e dois homens, de 50 e de 43 anos, todos transferidos para diferentes unidades hospitalares próximas.

Segundo o jornal espanhol ABC, o português acabou por ser intercetado pela Guardia Civil a mais de 40 quilómetros do local do acidente, depois da autoridade ter notado a viatura amolgada e sem para-choques dianteiro em que circulava. Dentro do carro, com o português, estavam dois menores espanhóis, de 16 e 17 anos, que serão seus familiares. O carro tinha evidentes vestígios de sangue e buracos no pára-brisas partido para poderem conduzir. Tinham, ainda, milhares de euros em notas escondidas debaixo de um banco.

A colisão, ocorrida pelas 02:40 (01:40 em Lisboa), também causou ferimentos “potencialmente graves”, de acordo com as equipas de emergência médica SUMMA112, em dois homens, de 21 e de 50 anos, levados para o hospital de Torrejón.

Duas outras pessoas, um homem, de 20 anos, com uma fratura exposta, foi levado para o Hospital Príncipe de Astúrias em Alcalá de Henares, e uma mulher, de 17 anos, com várias contusões, teve alta no local do acidente, foram considerados feridos ligeiros.

A SUMMA112 ativou o Procedimento de Incidente de Vítimas Múltiplas (IMV), com um total de 22 equipas médicas a assistir ao local do incidente, incluindo o psicólogo de serviço da SUMMA112, que teve de tratar várias crises de ansiedade entre os familiares das vítimas.

 
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