Portugal e Espanha defrontam-se quinta-feira nas ‘meias’ do Europeu sub-21

Futebol

As seleções de futebol de sub-21 de Portugal e Espanha lutam na quinta-feira pelo acesso à final do Europeu da categoria, três dias após terem recorrido a prolongamentos para resolver os respetivos embates com Itália e Croácia.

Exatos dois meses depois da primeira fase, a equipa das ‘quinas’ regressou a Ljubljana para afastar os transalpinos nos quartos de final, num encontro em que desperdiçou vantagens de 2-0 e 3-1, mas venceu após os 90 minutos regulamentares por 5-3.

Perante 1.032 espetadores no Estádio Stozice, a formação de Paolo Nicolato pagou caro a expulsão de Matteo Lovato (91 minutos), a iniciar o prolongamento, ao qual chegou com golos de Tommaso Pobega (45), Gianluca Scamacca (60) e Patrick Cutrone (89), a anularem um ‘bis’ de Dany Mota (seis e 31 minutos) e um tento de Gonçalo Ramos (58).

Dois golos dos suplentes Jota (109 minutos) e Francisco Conceição (119) no prolongamento confirmaram a primeira vitória de Portugal sobre a pentacampeã Itália (1992, 1994, 1996, 2000, 2004) em Europeus e a quarta presença em meias-finais.

Depois de uma fase de grupos irrepreensível, com triunfos sobre Croácia (1-0), Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0), os lusos ainda chegaram aos 315 minutos sem consentir golos, mas revelaram fragilidades defensivas quase inauditas e alguma passividade pelos flancos.

Na retina ficou a inspiração de Dany Mota – um dos tentos através de um pontapé de ‘bicicleta’ -, agora situado no topo dos ‘artilheiros’ da prova, junto ao italiano Patrick Cutrone, o holandês Myron Boadu, o alemão Lukas Nmecha e o espanhol Javi Puado.

Três horas antes da partida entre Portugal e Itália, o avançado do Espanyol salvava a equipa de Luis de la Fuente da resistência croata, com golos aos 66 minutos, oito após render Fer Niño e, aos 110, ao contornar com classe o guarda-redes Adrian Semper.

Pelo meio, aos 90+4 minutos, os croatas ainda restabeleceram a igualdade, forçando o prolongamento na cidade eslovena de Maribor, graças a uma grande penalidade convertida por Luka Ivanusec, a castigar falta de Hugo Guillamón sobre Stipe Biuk.

À procura da nona presença no encontro decisivo de um Europeu de sub-21, volvidos cinco títulos (1986, 1998, 2011, 2013 e 2019) e três finais frustradas (1984, 1996 e 2017), a atual detentora do cetro exibe uma geração longe do potencial de outros tempos.

O guarda-redes Álvaro Fernández (Huesca), os defesas Hugo Guillamón (Valência) e Jorge Cuenca (Almería), o médio Manu García (Sporting de Gijón) e o avançado Javi Puado (Espanyol) têm sido escolhas basilares e somam mais de 260 minutos no torneio.

Já o central Óscar Mingueza (FC Barcelona) ou os centrocampistas Marc Cucurella (Getafe), Martín Zubimendi (Real Sociedad) e Gonzalo Villar (Roma) compõem nomes promissores, na ausência de Riqui Puig (FC Barcelona) face à convocatória de março.

Do Europeu de sub-17 perdido para Portugal (1-1 após prolongamento, 5-4 nos penáltis), em 2016, sobram apenas o guarda-redes Iñaki Peña (FC Barcelona), o extremo Brahim Díaz (AC Milan) e o avançado Abel Ruiz, do Sporting de Braga, da I Liga portuguesa.

Orientada desde 2018 por de Luis de la Fuente, de 59 anos, a Espanha partilha o mesmo registo invicto de Portugal, com vitórias sobre a anfitriã Eslovénia (3-0) e a República Checa (2-0) e um ‘nulo’ com Itália, além da recente passagem às custas da Croácia.

Se a ‘rojita’ permanece como a melhor defesa da prova, com apenas um golo sofrido, a equipa das ‘quinas’ tornou-se na segunda-feira a mais concretizadora, com 11 tentos, nuns ‘quartos’ com 18 golos, dois jogos decididos em prolongamento e um nos penáltis.

Os Países Baixos, campeões europeus em 2006 e 2007, bateram a França, vencedora em 1988, (2-1), enquanto a Alemanha, detentora dos títulos de 2009 e 2017, precisou das grandes penalidades para afastar a Dinamarca (6-5, 2-2 após tempo extra).

Holandeses e germânicos defrontam-se na quinta-feira, às 21:00 (20:00 em Lisboa), na MOL Aréna Sóstó, na cidade húngara de Székesfehérvár, três horas após o confronto ibérico, no Estádio Ljudski vrt, em Maribor, com arbitragem do sueco Glenn Nyberg.

Finalista vencido em 1994 e 2015 e ausente da edição de 2019, Portugal procura um inédito título à oitava presença na fase final de um Europeu de sub-21, que integra pela primeira vez 16 equipas e tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.

 
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