Portugal continental com mais de 470 ocorrências até às 13:00

Dados da Proteção Civil
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO

Portugal continental registou hoje, entre as 00:00 e as 13:00, mais de 470 ocorrências associadas à depressão Martinho, maioritariamente queda de árvores, com principal incidência na Grande Lisboa, Área Metropolitana do Porto e Coimbra, segundo a Proteção Civil.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza, entre as 00:00 e as 13:00 de hoje, um total de 436 ocorrências devido ao mau tempo em Portugal continental, a que se juntam as cerca de 40 na cidade de Lisboa.

Estes dados da ANEPC não incluem a cidade de Lisboa, onde a informação é disponibilizada pelo Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, que indicou à Lusa que no dia de hoje, entre as 08:00 e as 13:00, contabilizou cerca de 40 ocorrências, nomeadamente 21 queda de árvores, 12 queda de estruturas, cinco queda de revestimentos e três inundações em espaço privado.

Relativamente às 436 ocorrências contabilizadas pela ANEPC, a zona mais afetada do país é a Grande Lisboa, com 78 situações, seguindo-se a Área Metropolitana do Porto, com 63, e Coimbra, com 47.

Em declarações à Lusa, o oficial de operações da ANEPC Elísio Pereira indicou que, por tipologia, a maioria das ocorrências continua a estar associada a queda de árvores, com 197 situações, verificando-se também queda de estruturas, com 121, movimento de massa, com 48, e inundações, com 37.

Estas 436 ocorrências em Portugal continental mobilizaram 1.538 operacionais agentes de proteção civil, apoiados por 574 veículos, adiantou Elísio Pereira. 

Segundo o oficial de operações da ANEPC, não há registo de feridos no âmbito das ocorrências registadas hoje.

Doze distritos do continente estão hoje sob aviso laranja (o segundo mais grave de uma escala de três) devido à previsão de agitação marítima, vento e queda de neve, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Devido à agitação marítima, os distritos de Faro, Setúbal e Beja estão sob aviso laranja até às 18:00 de hoje, enquanto Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga mantêm o aviso até às 00:00 de domingo, segundo o IPMA.

O instituto colocou ainda os distritos de Lisboa, Leiria, Aveiro e Coimbra sob aviso laranja devido a ventos fortes até às 06:00 de hoje, e Guarda e Castelo Branco sob aviso laranja, até às 00:00 de domingo, devido à queda de neve acima de 1.200 a 1.400 metros.

Na sexta-feira, entre as 00:00 e as 23:59, a ANEPC registou 1.038 ocorrências em Portugal continental, a que se juntam 235 situações registadas pelo Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, perfazendo um total de mais de 1.200.

Entre quarta-feira e quinta-feira, os dois dias mais intensos quanto à passagem da depressão Martinho, a ANEPC contabilizou um total de 8.600 ocorrências em Portugal continental.

Na cidade de Lisboa, contabilizaram-se 920 ocorrências, entre as 21:00 de quarta-feira e as 16:00 de quinta-feira, em que a maioria foi por causa de queda de árvores, com 433 situações.

Entre os feridos associados à passagem da depressão Martinho, destaca-se uma mulher, “com cerca de 30 anos”, que na quarta-feira foi atingida por uma árvore na Lagoa Azul, em Sintra, no distrito de Lisboa, e que se encontra internada com “prognóstico muito reservado”, informou à Lusa fonte da autarquia.

A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.

Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.

Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.

 
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