O porto de Viana do Castelo movimentou, no primeiro semestre de 2020, um total de 192 mil toneladas de mercadorias, tendo as exportações registado um crescimento de 6,7% face ao mesmo período do ano anterior, foi hoje anunciado.
Em comunicado, o porto, para quem este segmento representou cerca de 76% do movimento, assinala ainda que os granéis líquidos cresceram 4,5%, em comparação com o ano anterior, o que significa que foram movimentadas mais 1.100 toneladas deste tipo de mercadorias, durante os primeiros seis meses do ano.
Contudo, e à semelhança do registado nos restantes portos portugueses, a atividade portuária em Viana do Castelo foi afetada pela pandemia de covid-19, tendo-se traduzido num decréscimo de 9,7% na movimentação de mercadorias, em comparação com o período homólogo do ano de 2019.
Os resultados registados na carga geral fracionada que caíram -13,9% e nos granéis sólidos, que registaram uma quebra na ordem do 8,9%, são os principais responsáveis pela quebra nos resultados deste porto.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 666 mil mortos, incluindo 1.725 em Portugal, que de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde tem 50.613 pessoas infetadas com o novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.
Para Portugal, a Comissão Europeia prevê que a economia recue 9,8% do PIB em 2020, uma contração acima da anterior projeção de 6,8% e da estimada pelo Governo português, de 6,9%.
O Governo prevê que a economia cresça 4,3% em 2021, enquanto Bruxelas antecipa um crescimento mais otimista, de 6%, acima do que previa na primavera (5,8%)
A taxa de desemprego deverá subir para 9,6% este ano, e recuar para 8,7% em 2021.
Em consequência da forte recessão, o défice orçamental deverá chegar aos 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e a dívida pública aos 134,4%.