A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu 800 quilos de cocaína oriunda do Brasil e Equador no porto de Leixões, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a PJ revela que “tem vindo a desenvolver um conjunto de operações de combate ao tráfico de estupefacientes, que utiliza o porto marítimo de Leixões como porta de entrada em território nacional e que resultou, até à data, em cinco detenções e na apreensão de um total de 800 quilos de cocaína, provenientes do Brasil e do Equador”.
Aquela força policial descreve que, no início do ano, foram apreendidos, com o apoio das equipas de mergulho da Polícia Marítima, um total de 510 quilos de cocaína com origem no Brasil – 345 quilos dissimulados no casco de um navio mercante e 165 no interior de um contentor de transporte marítimo localizado num armazém em Valongo.
Numa nova apreensão, efetuada dias depois, a PJ apreendeu 56 quilos de cocaína, encontrados num contentor de transporte marítimo, desta feita, proveniente do Equador.
Já em 10 de fevereiro, no âmbito de duas investigações distintas, foram detidos dois cidadãos nacionais, ambos de 50 anos.
“Um deles é suspeito de envolvimento numa rede criminosa que se dedicava ao tráfico de estupefacientes, na sua forma agravada, no âmbito de uma investigação que já havia levado à detenção de outros três cidadãos estrangeiros, no verão de 2024”, salienta o comunicado.
Nessa altura, acrescenta, a PJ com a colaboração da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), detetou dois contentores de bananas, com cerca de 100 quilos de cocaína, que foram desalfandegados e transportados para um armazém em Paços de Ferreira. Mais tarde, a mercadoria foi intercetada pela PJ.
Quanto ao outro detido, com um longo historial associado ao tráfico de droga e outros crimes conexos, é suspeito de estar envolvido na importação de cerca de 35 quilos de cocaína, dissimulada num contentor proveniente do Brasil contendo derivados de papel, no final de 2023.
Entretanto nos últimos dias de fevereiro, com a colaboração da AT, a PJ apreendeu mais 116 quilos de cocaína, num contentor que transportava sacos de feijão.
“A droga encontrava-se dissimulada em vários sacos, semelhantes aos que compunham a carga lícita, colocados junto à porta do contentor, o que, uma vez mais, denotava a intenção dos autores de facilitar o processo de extração da droga, de modo a que este ocorresse antes de o contentor chegar ao cliente final”, explica a PJ.
O comunicado salienta que “toda esta droga tinha um elevado grau de pureza e que, por via da intervenção policial, não chegou a entrar no mercado europeu de drogas ilícitas”.
A PJ sublinha que “as investigações prosseguem”.