Portgás investe 128 milhões e aumenta distribuição no Minho

Rede vai aumentar em 429 quilómetros
Foto: DR / Arquivo

A Portgás, empresa detida a 100% pela REN – Redes Energéticas Nacionais, prevê investir nos 29 concelhos da sua área de concessão 128 milhões de euros até 2029, com vista ao crescimento da rede de distribuição e à descarbonização.

O valor consta do Plano de Desenvolvimento e Investimento das Redes de Distribuição de Gás (PDIRD 2024) da empresa para o período de 2025-2029, que está em consulta até 16 de julho no ‘site’ da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Em comunicado, a REN assinala que está previsto o crescimento da rede de distribuição de gás nacional em mais 429 quilómetros, assim como o investimento de 84,1 milhões de euros no desenvolvimento do negócio e de 14 milhões de euros em descarbonização.

A área de concessão da Portgás abrange os distritos de Porto, Braga e Viana do Castelo, correspondendo a um agrupamento de 29 concelhos – Barcelos, Penafiel, Braga, Ponte de Lima, Caminha, Porto, Esposende, Póvoa de Varzim, Fafe, Santo Tirso, Felgueiras, Valença, Gondomar, Valongo, Guimarães, Viana do Castelo, Lousada, Vila do Conde, Maia, Vila Nova de Cerveira, Matosinhos, Vila Nova de Famalicão, Paços de Ferreira, Vila Nova de Gaia, Paredes, Vila Verde, Vizela, Trofa e Paredes de Coura.

Em termos demográficos, a zona de concessão corresponde a cerca de 25% da população residente em Portugal, com uma área aproximada de 5% do território nacional.

No âmbito da descarbonização de ativos, a Portgás prevê investir 10,6 milhões de euros no desenvolvimento de soluções que permitam ter uma mistura de 20% de hidrogénio (H2) na sua rede, em linha com a Estratégia Nacional para o Hidrogénio que determina uma meta de incorporação de H2 nas redes de gás em volume de 5% até 2025 e 10 a 15% até 2030.

“Para além de garantir a qualidade de serviço e o crescimento dos pontos de abastecimento, este PDIRD visa ainda assegurar a descarbonização das redes de distribuição de gás e possibilitar a ligação de produtores de gases renováveis, nomeadamente biometano”, assinala a REN em comunicado, identificando estes três eixos como fundamentais no plano de investimento.

Após a fase de consulta pública, seguir-se-á a emissão de pareceres, não vinculativos, pela ERSE e pela Direção-Geral de Energia e Geologia, competindo ao Governo a sua aprovação.

 
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