População de lince ibérico atinge máximo histórico com mais de 1.000 exemplares

Biodiversidade
População de lince ibérico atinge máximo histórico com mais de 1. 000 exemplares

Portugal tinha uma população de linces ibéricos estimada em 140 em 2020, o que representa 12,5% desta espécie na Peninsula Ibérica, segundo dados revelados na sexta-feira pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF).

Segundo o Censo de Lince Ibérico, existiam 1.111 exemplares em Portugal e Espanha no ano passado, mais cerca de 30% do que os 855 registados em 2019.

“Pela primeira vez desde que existem dados quantificados sobre a população de lince ibérico, foi ultrapassado o número de 1.000 indivíduos registados, o que é um marco muito relevante no processo de recuperação desta espécie e melhoria do seu estado de conservação”, lê-se no documento.

Em 2020, foram registados 14 núcleos populacionais de linces, um dos quais em Portugal (Vale do Guadiana) e 13 em Espanha.

“Foi estimado [em Portugal] um total de 140 exemplares durante 2020, dos quais 80 são indivíduos adultos ou subadultos (>1 ano). Este número inclui 26 fêmeas reprodutoras/territoriais, que geraram 60 crias durante a temporada de 2020”, acrescenta.

Quanto a Espanha, foram registados na Andaluzia 506 linces ibéricos (45,5% do total da espécie), 327 em Castela-La Mancha (29,4%) e 141 na Extrermadura (12,6%).

A ministra para a Transição Ecológica de Espanha, Teresa Ribera, considerou um “passo muito importante” na recuperação da espécie o aumento de 855 exemplares para 1.111.

A ministra espanhola sublinhou que é o máximo numero registado desde que existem programas de monitoração do lince (Lynx pardinus), espécie “sensível e emblemática”.

Teresa Ribera especificou que, desde 2011, data em que começaram as primeiras libertações destes felinos, e até 2021, foram reintroduzidos 305 exemplares, o que, na sua opinião, “supera todas as expectativas iniciais”.

Em 2020, foram registados 414 nascimentos de 239 fêmeas reprodutoras, o que tem favorecido a tendência positiva que a espécie apresenta desde o início dos programas de conservação e proteção do lince em 2002, quando havia menos de 100 exemplares em toda a Península Ibérica.

O Ministério da Transição Ecológica, através da Organização de Parques Nacionais Autónomos, gere dois dos quatro centros de reprodução existentes, o de Zarza de Granadilla (Extremadura) e El Acebuche (Andaluzia), enquanto os restantes dois se encontram na Andaluzia (Centro de Reprodução La Olivilla ) e em Portugal (Centro Nacional de Criação do Lince Ibérico).

 
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