O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, através dos deputados Pedro Soares, Moisés Ferreira e Jorge Falcato, questionou o Ministério da Saúde sobre os motivos de um eventual encerramento temporário da extensão de saúde da Portela do Vade, em Vila Verde.
O BE adianta que “a extensão, situada na freguesia de Atães em Vila Verde, presta cuidados de saúde de proximidade à população residente nas freguesias da União do Vade, Aboim da Nóbrega e Gondomar, e ainda alguns lugares de Barros”. Pertence à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Terra Verde que integra o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Cávado II – Gerês Cabreira. A UCSP Terra Verde – acrescenta – dispõe de cinco médicos de família para 7784 utentes, o que significa que todos têm médico de família.
A população “receia que esta unidade de saúde possa encerrar definitivamente, o que viria causar grandes transtornos. Na génese desta preocupação encontra-se a eventualidade de vir a fechar para obras de requalificação; durante este período, a população terá que se deslocar até Vila Verde para aceder aos cuidados de saúde”.
Ora, Vila Verde fica a cerca de dez quilómetros de Atães, numa zona onde os transportes públicos são deficitários. Acresce que – sublinham os deputados – “muitas das pessoas que recorrem a esta extensão de saúde são idosas, com poucos recursos financeiros e dificuldades de locomoção pelo que a distância de dez quilómetros se materializa num verdadeiro entrave ao acesso aos cuidados de saúde de que necessitam e aos quais têm direito”.
E a concluir, afirmam: “Sendo certo que a realização de obras de requalificação – a confirmar-se – será uma boa noticia, é necessário saber quando estas vão estar concluídas bem como saber se, em articulação com o poder local, vão ser equacionadas medidas de apoio para o transporte dos utentes”.