As duas pontes de Rio Caldo, em Terras de Bouro, estão a ser promovidas para uma candidatura com o objetivo de serem classificadas como Património Nacional, foi hoje anunciado.
Construídas em 1954 para antever a subida do nível das águas do rio Cávado e criação de espelho de água face à construção da barragem da Caniçada, foram obra do engenheiro Edgar Cardoso, que construiu mais de 500 pontos em todo o mundo.
Em comunicado, a autarquia de Terras de Bouro descreve as pontes como sendo “delicadas, mas ao mesmo tempo de aspeto vigoroso, elegantes e bem integradas com a paisagem circundante”. “Estas pontes são um símbolo da engenharia portuguesa daquele tempo”, remata a nota.
A autarquia reuniu-se via Zoom, no passado dia 12, com elementos responsáveis pela elaboração do dossiê da candidatura (Manuel Pereira), com o presidente da Câmara de Terras de Bouro (Manuel Tibo), presidente da Câmara de Vieira do Minho (António Cardoso) e com a vereadora da Cultura, Ana Genoveva, de forma a dar a conhecer o pedido de apoio institucional para reforçar o processo que será submetido à DRCN.
Segundo os artigos 15, 16 e 18 da lei de Bases do Património, um bem considera-se de interesse nacional quando a respetiva “proteção e valorização, no todo ou em parte, represente um valor cultural de significado para a Nação”.
“Os bens móveis pertencentes a particulares só podem ser classificados como de interesse nacional quando a sua degradação ou o seu extravio constituam perda irreparável para o património cultural”, pode ler-se no Diário da República.