A Milícia de Santa Maria (Militia Sanctae Mariae) – Cavaleiros de Nossa Senhora, criou em Ponte de Lima um Círculo para as Questões do Ambiente na linha do proposto e defendido pelo Papa Francisco.
Associação de fiéis reconhecida em vários países, a Milícia de Santa Maria (Militia Sanctae Mariae) – Cavaleiros de Nossa Senhora decidiu criar em Portugal, inspirada na Encíclica “Laudato Si”, um Círculo para as Questões do Ambiente, a propósito do Dia Mundial da Floresta Autóctone, que se celebra esta quinta-feira, 23 de novembro, “perante os desafios ambientais que ameaçam a nossa casa comum, que é a Terra”.
A Província de São Nuno (Portugal) fundou o Círculo “Cristãos Pelo Ambiente – Arbutus unedo”, para as acções de defesa do nosso património natural, de sensibilização de defesa da bio e geodiversidade, bem como sensibilizar a comunidade para a importância vital da água, bem absolutamente indispensável para a vida.
Outro dos objetivos “é promover uma cultura de ecologia inspirada na Doutrina Social da Igreja no concernente à natureza, celebrar no dia 1 de setembro de cada ano o Dia mundial de oração pela criação, promover colóquios , debates, exposições e outras actividades relacionados com o grande objectivo deste Círculo, tendo como guia orientador a Encíclica Laudato Si do Papa Francisco, colaborar e incentivar a plantação de árvores autóctones e promover a salvaguarda da bio e geodiversidade, o respeito pela água e por toda a Natureza, criatura de Deus”.
Segundo o provincial, Filipe Amorim, revelou esta quarta-feira em Ponte de Lima, “esta iniciativa surge porque somos uma instituição católica atenta aos sinais dos tempos e que neste momento da história um dos problemas maiores, não o único, que se põe aos cristãos e por maioria de razão aos cavaleiros de Nossa Senhora, é a defesa da nossa casa comum, na feliz e inspirada expressão do Papa Francisco”.
“Os portugueses devem ter bem presente a grande catástrofe dos incêndios deste ano que devastaram áreas imensas de floresta e mataram muitas pessoas e animais. Estes incêndios florestais puseram em grande risco a biodiversidade”, refere aquela mesma instituição, para quem “a perda desta é uma perda incalculável e face a esta perda, não podemos ficar indiferentes”.
“Somos assim convocados todos para nos comprometermos na defesa e promoção da nossa floresta autóctone que vê o seu espaço natural de implantação ameaçada assustadoramente pelas espécies invasoras e exteriores aos nossos ecossistemas”, afirma o mesmo responsável pela Milícia de Santa Maria (Militia Sanctae Mariae) – Cavaleiros de Nossa Senhora.
A designação dada a este Círculo, “Arbutus unedo” é nome científico do Medronheiro, constituindo uma forma de sensibilizarmos a comunidade para a importância da flora autóctone e que com os incêndios frequentes nas florestas, começa a estar ameaçada, nomeadamente esta espécie tão bela na altura da frutificação (e floração simultânea) no outono.