A Câmara de Ponte de Lima aprovou por unanimidade uma recomendação à Águas do Alto Minho (AdAM) para que “seja suspensa de imediato toda a faturação” até os erros que têm levantado polémica sejam corrigidos e a melhoria do atendimento ao público, anunciou hoje a autarquia.
A proposta aprovada, segunda-feira, em reunião do executivo, assinala que a empresa foi constituída para garantir a “qualidade do serviço prestado à população”, mas “quatro meses após” a sua entrada em funcionamento, “existe uma série de insatisfações das quais temos conhecimento, que obviamente lamentamos, e para as quais solicitamos uma intervenção urgente”.
A câmara limiana considera que “as anomalias detetadas ao nível da faturação têm sido demasiado frequentes, para aquilo que seria neste momento admissível, atingindo um número significativo de consumidores e gerando um conjunto de incoerências que causam, por si só, indignação e insatisfação por parte dos mesmos relativamente ao serviço prestado. Assim, com o intuito de não continuar a gerar problemas a este nível, que incontornavelmente se irão acumular e obrigarão a um desperdício de energias e tempo na sua futura resolução, quer por parte dos munícipes quer por parte da própria AdAM, propomos que seja suspensa de imediato toda a faturação até esses erros serem cabalmente corrigidos, o mais urgentemente possível, devendo essa situação ser comunicada à população. A não tomada de uma posição firme relativamente a esta questão, pode trazer danos irreversíveis ao nível da confiança que os cidadãos depositam na nova empresa”.
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A proposta, citada no site da autarquia, também sublinha que o atendimento telefónico deveria ter sido reforçado, sobretudo nesta altura de pandemia, em que as lojas estão encerradas. “Neste momento há quase uma ausência de resposta às reclamações, solicitações para a celebração de contratos, comunicação de avarias, entre outras, a uma fatia considerável da população do Alto Minho, que torna toda a situação anteriormente referida ainda mais grave e perturbadora. Recomendamos, por isso, que o mais brevemente possível seja encontrada uma forma de ultrapassar este problema e promover a comunicação eficaz e eficiente dos munícipes e das empresas com a AdAM, em prol da qualidade do serviço público que se pretende garantir”, refere a proposta.
Posto isto, foi consensual a proposta de “comunicar ao Conselho de Administração da AdAM recomendação de suspensão imediata de toda a faturação até serem corrigidos todos os erros e anomalias ocorridas de forma sistemática, bem como a entrada em funcionamento efetivo e eficaz de um atendimento telefónico que dê uma resposta cabal às solicitações da população num momento em que não se pode recorrer ao atendimento presencial”.