Polvo da Pedra à Esposende, servido numa “original” caldeirada com grelos, foi apresentado como o “prato identitário” daquele concelho, naquele que é mais um trunfo jogado pelo município para dinamizar a economia local.
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O prato foi escolhido por uma equipa de trabalho liderada pelo ‘chef’ Marco Gomes e pelo enófilo José Silva, com os contributos dos restaurantes e da associação de pescadores do concelho.
Marco Gomes explicou que a escolha do polvo se ficou a dever ao facto de aquele ser um produto “que se consegue ter ao longo de todo o ano, seja congelado ou fresco”.
Quanto ao nome do prato, lembrou que Esposende tem, ao longo da sua costa, uma linha de rochedos rica em lapas, mexilhões, percebas, camarão e caranguejo, “que o polvo muito aprecia e utiliza na sua alimentação”.
A base do prato “está muito pensada” numa caldeirada, em que entram produtos hortícolas locais como batata, pimento, tomate e grelos.
“Não tenho registo de que exista outra caldeirada com grelos”, sublinhou Marco Gomes, para vincar a originalidade deste prato.
Já o enófilo José Silva admitiu que o polvo foi uma “segunda escolha”, já que o robalo era o prato que reunia maior consenso.
“Havia uma forte corrente para que fosse o robalo, mas a sazonalidade era um fator limitador”, referiu.
O presidente da câmara de Esposende, Benjamim Pereira, afirmou que este prato se pretende assumir como mais uma alavanca para a economia local.
“Não tínhamos um prato identitário do concelho, uma lacuna que agora fica colmatada”, referiu.
Sublinhou que o prato, além da restauração dinamiza ainda a atividade piscatória, o setor dos vinhos, a agricultura e o próprio artesanato, neste último caso fruto da esteira de junco que suporta a taça em que é servido o polvo.
Como aperitivo, o município sugere a manteiga das Marinhas e como sobremesa as clarinhas de Fão.