Podemos estar à beira de uma situação de racionamento de gasóleo na Europa, face ao continente depender do combustível vindo da Rússia e do Médio Oriente, foi hoje anunciado.
Em declarações ao jornal Financial Times de hoje, o presidente da Vitol, um dos maiores comerciantes de petróleo no mundo, aponta um “risco sistémico” o facto do continente continuar dependente de terceiros para a produção dos combustíveis.
De acordo com a mesma fonte, citada pela SIC Notícias, as refinarias mundiais podem aumentar a produção para evitar esta situação, mas continua a ser uma hipótese.
Russel Hardy explicou que a Europa deverá perder cerca de 3 milhões de barris diários de crude se sancionar a Rússia.
“Aquilo em que toda a gente se vai focar vai ser nas reservas de gasóleo. A Europa importa metade do seu gasóleo da Rússia e cerca de metade do Médio Oriente (…) a discrepância sistémica no gasóleo existe”, acrescentou, referindo que cerca de 15% do consumo de gasóleo na Europa vem da Rússia.
Torbjorn Tornqvist, presidente da Gunvor, que também comercializa crude, fala em problema global em relação ao gasóleo e também ao gás natural.