O Partido Nacional Renovador (PNR) assinalou este ano o 1.º de Dezembro em Braga, comemorando a Restauração de Portugal e recordando “os heróis que ao longo da História lutaram e morreram pela nossa independência, deslocando-nos muitas vezes a diversos pontos do país”.
Segundo fonte do partido, “este ano o destino escolhido foi Braga, porque esta cidade, capital do Minho, tem sido alvo das investidas da extrema esquerda, que não cessa de promover eventos “culturais”, de atacar estátuas como a de Gomes da Costa, que em abril do corrente ano foi alvo de um vergonhoso ultraje por parte de membros do Bloco de Esquerda e por protestos contra a estátua do Cónego Melo, ocorridos em 2013”.
O PNR celebra hoje o 1° de Dezembro em Braga.
Eis a mensagem de boas vindas dos tolerantes. Tão civilizados… pic.twitter.com/XnowvlPTul
— José Pinto-Coelho (@jpintocoelho60) 1 de dezembro de 2018
Foi, precisamente, “esta ilustre figura bracarense que nos traz este ano a terras minhotas”, sustenta a partido tido como nacionalista e de extrema-direita.
E porquê? “Porque, naqueles tempos terríveis que se seguiram ao 25 de Abril, em que a sombra do Comunismo ameaçava Portugal, o Cónego Eduardo Melo foi um daqueles que não hesitou em levantar a sua voz e lutar para evitar que Portugal se transformasse numa vulgar república soviética”, justificam.
“É este ilustre cidadão bracarense, um dos poucos que foi condecorado com a medalha de ouro da cidade de Braga, insigne benemérito e verdadeiro patriota que vimos este ano homenagear”, explica o PNR.
Ao jornal “Sol”, que acompanhou José Pinto Coelho e os militantes do PNR, o líder do partido afirmou que o objetivo de “combater a esquerda e o multiculturismo, bem como marxismo que agora domina as elites, a educação, a comunicação social e ainda o politicamente correto”.
A concentração deste sábado teve início às 12:30, com um piquenique na Avenida Central. Às 14:30, continuou com uma homenagem aos combatentes, e terminou, depois das 15:30, com a homenagem ao Cónego Melo, junto à sua estátua, situada na rotunda junto ao cemitério de Monte de Arcos.
A presença dos apoiantes do PNR em Braga gerou alguma confusão, com pinturas e algumas provocações a que a PSP deu cobro, visto que, na mesma tarde, membros da Frente Unitária Antifascista de Braga, recentemente criada na cidade, se concentraram “em defesa e celebração dos valores que a nossa Democracia e Constituição Portuguesa representam”.