PJ já sabe quem assassinou narcotraficante brasileiro na Póvoa de Varzim

“Rafinha” é suspeito por eventual “banhada” de meia tonelada de cocaína
Pj já sabe quem assassinou narcotraficante brasileiro na póvoa de varzim
Imagem: RICtv / TV Record

A Polícia Judiciária já identificou os principais suspeitos da autoria do assassínio a tiro do cidadão brasileiro Rafael Lourenço (“Rafinha”), no passado domingo, na Póvoa de Varzim, vitimando o alegado líder do grupo de narcotráfico “Fantasmas do Cajuru”.

“Rafinha” foi atingido com cinco tiros, todos disparados à queima-roupa, suspeitando-se já que os atiradores serão uma mulher de 32 anos e um homem de 37 anos, ambos também de nacionalidade brasileira, que fugiram num Volkswagen Polo cinzento.

Rafael Lourenço, de 35 anos nascido em Curitiba, no Estado do Paraná, do Sul do Brasil, mas que já desde abril residia em Odivelas, terá sido alvo de “ajuste de contas”, ordenado do outro lado do Atlântico, relacionado com o tráfico de drogas duras.

“Rafinha” foi assassinado na Rua Dr. Artur Aires, no centro da cidade da Póvoa de Varzim, no momento em que abastecia um automóvel elétrico, sabendo-se já ter sido colocado um dispositivo de GPS (vulgo “lapa”), que o localizava, a todo o momento.

Dos cinco tiros que mataram “Rafinha”, ambos com pistolas de grosso calibre, nove milímetros, vulgo “calibre de guerra”, um atingiu-o na cabeça (sendo este o último e fatal) e os outros quatro nas costas, cerca das cinco horas da madrugada de domingo.

Rafael Lourenço terá começado por ser alvejado na Avenida do Repatriamento dos Poveiros, onde a vidraça de uma paragem de autocarro foi estilhaçada com os disparos, continuou a ser baleado na Rua Artur Aires, até cair, na Avenida Vasco da Gama.

A Brigada de Homicídios da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, sediada no Porto, está desde o primeiro momento com a investigação do assassínio, procurando agora deter o casal, cuja fuga terá sido gravada por vários sistemas de vídeovigilância.

O oficial de ligação da Polícia Judiciária em Brasília está a fazer a ponte da troca de informações entre ambas as polícias de investigação criminal, as brasileiras e as portuguesas, tentando agilizar procedimentos tendentes à detenção dos dois suspeitos.  

“Banhada” de meia tonelada de cocaína

Nascido no Bairro do Cajuru, em Curitiba, Rafael Lourenço, após cumprir a sua última pena de prisão, em 2021, terá assumido a liderança do grupo de tráfico de cocaína, conhecido por “Fantasmas do Cajuru”, onde antes teria somente papel secundário.

Tudo indica que “Rafinha” teria dado uma “banhada” (desvio em proveito próprio) de cerca de meia tonelada de cocaína a um seu parceiro por tráfico de drogas duras, tendo a partir daí “caído em desgraça” junto do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Aquando do seu assassínio, Rafael Lourenço estaria de férias, algures na Póvoa de Varzim, durante a madrugada de sábado para domingo, mas com os seus movimentos a serem monitorizados permanente através do dispositivo do GPS (vulgo “lapa”, também conhecido por “aranha”), sendo que os aparelhos mais sofisticados até permitem fazer escutas telefónicas ambientais.

“Rafinha” foi preso a primeira vez no ano de 2008, respondendo em processos por suspeitas de crimes de associação criminosa, assassínio, tráfico de drogas duras (cocaína), corrupção passiva, posse ilegal de armas de fogo e de falsificação de documentos.

 
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