PJ investiga obras em casas vizinhas na derrocada que matou casal em Esposende

Peritos na área da construção vão elaborar relatórios técnicos
Lote onde ocorreu a derrocada. Fonte: Google Maps

A Polícia Judiciária de Braga vai investigar se houve ou não causas próximas, nomeadamente defeitos de construção ou obras em terrenos anexos, que possam ter levado à derrocada de terras e pedras que matou, quarta-feira, um jovem casal em Palmeira de Faro, Esposende.

Fonte policial disse que a causa das mortes é óbvia, mas o mesmo já não acontece com outras possíveis falhas. Embora a Polícia não adiante eventuais suspeitas, O MINHO sabe que em causa podem estar movimentações de terras feitas, no verão, junto à casa de um vizinho, para melhorias no espaço exterior e que terão incluído a construção de uma piscina.

A PJ/Braga contará para o efeito com peritos na área da construção que vão elaborar os respetivos relatórios técnicos: “até ao momento não há nenhuma suspeita em concreto”,especificou a mesma fonte.

Entretanto, e conforme O MINHO noticiou, a Câmara de Esposende declarou, esta quinta-feira, situação de alerta municipal, após o deslizamento de terras fatal na freguesia de Palmeira de Faro. O Município já garantiu o realojamento das pessoas afetadas. Duas famílias, de 14 membros (7 adultos e 7 crianças), ficarão instaladas em alojamentos providenciados pelo Município e as restantes seis famílias (10 adultos e 4 crianças), ficarão alojadas em casa de familiares e/ou amigos.

Com o objetivo de aferir as condições de segurança e sustentabilidade dos terrenos da área afeta, a autarquia vai fazer um estudo geotécnico, que será realizado por especialistas da Universidade do Minho.

“Só após esse trabalho, cujo prazo não é ainda possível determinar, será possível definir os eventuais passos que se seguirão, nomeadamente o regresso das pessoas às suas habitações”, diz, em comunicado.

A Câmara garante que “tem estado, desde a primeira hora, a acompanhar a situação, garantindo apoio às pessoas afetadas, nomeadamente disponibilizando apoio psicológico aos familiares das vítimas e aos moradores das habitações contíguas e, como referido, assegurando o seu realojamento”.

Lembra ainda que a habitação onde morreram os dois jovens, na madrugada de quarta-feira, está “licenciada e dispõe de autorização de utilização, sendo que processo de licenciamento, datado de 1994, decorreu com normalidade”.

“Face ao exposto, torna-se prematuro e especulativo tecer quaisquer outras considerações sobre o assunto, que, como é público, está sob alçada das entidades competentes”, conclui.

 
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