As buscas da Polícia Judiciária realizadas nesta manhã de quinta-feira nas instalações do FC Porto e do Portimonense estão relacionadas com uma viagem de avião para o estrangeiro de um jogador de futebol profissional, alegadamente infetado com covid-19, e suspeitas de adulteração de testes.
Em comunicado, a PJ refere que no âmbito de um inquérito dirigido pelo DCIAP, decorrem, esta quinta-feira, cerca de uma dezena de buscas designadamente domiciliárias e a laboratórios de análises clínicas.
Nestas diligências participam um magistrado Judicial, magistrados do Ministério Público e elementos da UNCC, da Polícia Judiciária.
“A operação conta ainda com a colaboração de elemento do INSA – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge para pesquisa, análise e eventual apreensão de documentação e outra matéria probatória, a ser posteriormente analisada. Tais diligências decorrem nas regiões do Algarve e do Porto”, refere a PJ.
A PJ salienta que em causa está uma “atuação suscetível de configurar a prática de crime de propagação de doença, alteração de análise ou de receituário, previsto e punido pelo art.º 283° n.º 1 als. a) e b) do Código Penal com pena de prisão de um a oito anos”.
O esclarecimento do Ministério Público surge após a imprensa nacional avançar que as buscas estavam relacionadas com corrupção desportiva, fraude fiscal e branqueamento a envolver o FC Porto, a SAD do Portimonense e um empresário que faz a ponte entre os dois emblemas, Teodoro Fonseca.
Notícia atualizada às 10h57 com comunicado do Ministério Público.