A Polícia Judiciária apreendeu, em Lisboa, 40 obras de arte sacra, avaliadas comercialmente em cerca de 150 mil euros, grande parte das quais furtadas já na década de 1990, na freguesia de Balugães, em Barcelos.
São 18 imagens sacras: 12 coroas em prata, sete resplendores em prata, um quadro religioso, um turibulo em prata e ainda uma peanha de santo, num total de 40 peças, que além de Balugães, na zona norte do concelho de Barcelos, incidiram já em Mesão Frio (Douro), Aveiro, Abrantes, Cernache do Bonjardim, Constância, Tomar, Torres Novas e Golegã, sempre com o mesmo receptador, identificado.
A maior parte destes furtos aconteceu entre 1995 e 2002.
Reportando-nos à data dos factos que integram o objeto da investigação, as 40 obras de arte sacra agora apreendidas foram avaliadas em cerca de 150 mil euros, fazendo parte do espólio de diversas igrejas e capelas, situadas na região centro e norte de Portugal, com destaque para a região do Minho, onde há um elevado número de construções religiosas inclusivamente em propriedades particulares.
No âmbito de uma investigação iniciada há apenas quatro meses, a Polícia Judiciária procedeu à identificação, localização e apreensão de obras de arte sacra furtadas do interior de diversas igrejas e capelas portuguesas, tendo constituído arguido o receptador, residente na Área Metropolitana de Lisboa, havendo casos em que os crimes de furto foram cometidos há 27 anos, segundo apurou O MINHO.
A investigação em curso, relativa a factos suscetíveis de configurar os crimes de furto qualificado e de recetação, visou essencialmente o desenvolvimento de ações de fiscalização, incidindo sobre leiloeiras, antiquários e recetadores suspeitos.
As 40 obras de arte sacra referenciadas como tendo sido furtadas foram todas recuperadas numa leiloeira e na residência do suspeito de recetação, já constituído arguido no inquérito criminal, na região de Lisboa.