Merli venceu a Rampa Internacional da Falperra, entre um coro de críticas à organização, por parte dos pilotos, como o próprio campeão italiano, queixando-se em uníssono das demoras nas provas, o que os responsáveis relativizam dizendo ser “normal”.
Christian Merli, sobre a sua quinta vitória na Falperra, em Braga, disse “estar feliz”, afirmando “ter sido muito difícil” o seu duelo com o francês Schatz, criticando “excessivas demoras em começar as provas e esperando que para o ano não se repitam”.
O piloto italiano salientou que “deveriam começar as provas com os concorrentes do campeonato europeu porque tivemos de esperar mesmo bastante tempo para subirmos a rampa, sem colocar em causa a justeza dos campeonatos nacional e regional”.





















Já a piloto Gabriela Correia considerou “ridículo e inadmissível esperarmos quatro horas para subirmos as rampas, os pilotos do campeonato europeu ‘passaram-se’ literalmente com esta situação, que não é aceitável”.
Gabriel Correia, jovem piloto bracarense, sugeriu que “deveriam limitar-se o número de inscrições dos pilotos e acabar com os drifts e guests“.
“Esta é uma prova do campeonato europeu de montanha, porque estamos a falar da mítica Rampa da Falperra”, salientou.
Sérgio Nogueira, outro piloto bracarense, juntou-se às críticas, considerando “haver um número muito elevado de pilotos inscritos, pelo que deveria haver prioridade para os campeonatos europeu e nacional, pois há pilotos que vêm de muito longe”.
O presidente do Clube Automóvel do Minho (CAM), Rogério Peixoto, enquanto responsável direto pela organização da prova, respondeu “não ver razões para as queixas dos pilotos, pois os atrasos devem-se ao elevado número dos concorrentes inscritos”.
Rogério Peixoto considerou que “a única hipótese seria limitar o número de concorrentes, mas para o ano veremos”.
“Estamos a pagar o preço da fama, porque todos os pilotos querem participar na Rampa Internacional da Falperra, em Braga”, acrescentou.
Entre o público, este ano em menor número do que tem sido habitual nos últimos anos, houve queixas, mas de terem passado a ser pagos lugares de peão, em zonas que não eram habituais, além de terem sido colocadas redes em propriedade privada.
A organização da prova, por sua vez, rejeita tais críticas, afirmando que “as delimitações devem-se apenas e só às razões de segurança”, tendo emitido um comunicado ao constatar falsificações de bilhetes e de convites de acesso à Rampa da Falperra.