As más condições da barra e o estado do mar na barra do rio Cávado em Esposende “impediram o exercício da pesca” (segundo um documento da Capitania do Porto de Viana do Castelo) durante 28 dias em janeiro; 25 dias em fevereiro, 28 dias em março e 22 em abril, perfazendo um total de 103 dias.
Em pergunta enviada ao Governo, a deputada Carla Cruz, do PCP, salienta que aquelas paragens forçadas, quase duplicam o período máximo de dias de compensação que o Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca prevê atribuir.
“A comunidade piscatória local enfrenta grandes dificuldades mercê das más condições da barra e respetivo assoreamento”, lembram os comunistas. E salientam: “Tais condições impõem uma perda de rendimentos por paragem muito prolongada alheia à vontade dos pescadores pelo que o fundo de compensação deve dar o seu contributo para amenizar a sua difícil situação, sendo de elementar justiça que se proceda ao seu pagamento pelo tempo integral de paragem forçada”.
Esta situação – acrescenta – tem sido acompanhada pelo Grupo Parlamentar seja por intermédio de perguntas ao Governo, seja pela
apresentação de iniciativas visando a resolução destes problemas, a última das quais apresentada na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2018, para a criação de uma empresa nacional de dragagens, a qual, “apesar da sua justeza, foi rejeitada pelo PS, PSD e CDS”.