A embarcação que vai realizar a dragagem do canal dos pescadores em Caminha já se encontra há alguns dias no Rio Minho, estando a ser ultimados os trabalhos de montagem. A intervenção vai melhorar as condições de navegabilidade para os pescadores e os sedimentos retirados serão posteriormente aplicados na proteção, reabilitação e reforço do cordão dunar entre Camarido e Moledo, tendo as análises previamente efetuadas assegurado a qualidade destes sedimentos.
Os pormenores da dragagem foram discutidos no local, num encontro em que participaram Câmara, responsáveis pela obra e pescadores, sobretudo com o intuito de acautelar a pesca durante a execução dos trabalhos.
O assoreamento do Rio Minho é um problema recorrente e a dragagem vai permitir aos pescadores saírem e entrarem no cais, em breve completamente requalificado, em condições de segurança. O encontro, esta semana, permitiu coordenar com os pescadores, representados por Augusto Porto, presidente da Associação de Profissionais de Pesca do Rio Minho e Mar, as condições em que vão realizar a sua faina durante a dragagem, tendo sido feitas algumas sugestões por parte deste último.
Na reunião participaram também Guilherme Lagido e Rui Lages, respetivamente vice-presidente e vereador da Câmara Municipal; o capitão-tenente Cervaens Costa, comandante da Capitania do Porto de Caminha; e os empreiteiros e técnicos responsáveis pela obra, quer da empresa responsável pela dragagem quer da entidade que vai proceder à fiscalização dos trabalhos.
Esta intervenção tem um duplo impacto, vindo não só beneficiar os pescadores, mas também contribuir para a proteção, reabilitação e reforço do cordão dunar entre Camarido e Moledo, numa extensão de cerca de 700 metros, com areias provenientes de dragagens de manutenção do canal de navegação no troço final da zona estuarina do Rio Minho. Trata-se de um investimento global associado da ordem dos 500 mil euros, com uma taxa de cofinanciamento comunitário de 85%.