A câmara de Amares quer que a Peregrinação de Nossa Senhora da Abadia seja reconhecida como evento cultural imaterial de relevância municipal, salientando os 45 anos de existência daquela romaria, anunciou hoje a autarquia.
Em comunicado enviado à Lusa, aquela autarquia explica que a proposta vai ser apresentada à Assembleia Municipal, depois de aprovada em sede de executivo.
Segundo o texto, o “Mosteiro de Nª Sª da Abadia, considerado o mais antigo Santuário Mariano da Península Ibérica, é hoje centro de uma das mais simbólicas peregrinações do concelho de Amares e do Minho”.
A peregrinação àquele mosteiro é feita anualmente no último domingo do mês de maio, partindo da Igreja/ Mosteiro de Santa Maria de Bouro e sobe a encosta da Abadia até ao Santuário, num percurso de cerca de quatro quilómetros.
A procissão é realizada pelo arciprestado de Amares e é uma “representação de fé” que envolve as 25 freguesias do concelho, que transportam por etapas o andor da Senhora da Abadia durante o percurso.
“Este é um evento público concelhio muito específico, com cerca de 45 anos, que ultrapassa mesmo as marcas da religiosidade e se torna uma marca importante do concelho de Amares”, refere no texto o vereador da Cultura de Amares Isidro Araújo.
O responsável refere que a peregrinação tem uma “carga cultural” representando um ato de “entrega e partilha de um povo e de um concelho que ali se une imbuído do seu espírito de fé”.
“É também de mostra do espírito de comunidade”, finaliza.