Declarações após o jogo da 12.ª jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Casa Pia (0-1), que decorreu hoje em Braga.
Artur Jorge (treinador do SC Braga): “Hoje faltou eficácia, perdemos dois jogos em casa [o outro com o Desportivo de Chaves] em que fizemos 60 remates à baliza, quer num, quer noutro demonstrámos bem o caudal ofensivo.
Fomos uma equipa que desde o início procurou o golo, mas não conseguimos marcar e quando assim é a responsabilidade é nossa. Custa [perder] pelas oportunidades que criámos.
Agora, trabalhar é a palavra de ordem, como seria se tivéssemos ganho, tivemos muito trabalho para chegar aqui e temos trabalhar mais para chegar ao resultado que queremos no campeonato.
Equipa presa na primeira parte? Não concordo nada com isso. Vi um Braga a entrar muitas vezes na área adversária. Não me deixo embalar por palavras bonitas. Tivemos as melhores oportunidades e em maior número. Houve 15 minutos de desconto, seis na primeira e nove na segunda parte, mas essas quebras fazem com que o jogo quebre para quem quer ter intensidade no jogo. O Braga foi constantemente dominador e capaz de empurrar o adversário. O adversário foi eficaz a 100 por cento. Na segunda parte, com seis jogadores claramente ofensivos, permitimos uma outra ocasião, mas não me falem em oportunidades que o Braga não teve, e já nem falo do penálti, mas tivemos várias outras. A exigência que queremos para nós não será nunca maior do que a que nos querem colocar, não fomos eficazes e isso paga-se muito caro.
Nunca veremos o Braga encostado à área à espera que nos caia alguma coisa, vamos sempre à procura do jogo.
Treinamos três ou quatro jogadores para marcarem os penáltis, marca o que se sentir mais confiante, mas há uma hierarquia e ele é o primeiro da lista. Tivemos quatro penáltis este ano, fez dois e falhou dois”.
Filipe Martins (treinador do Casa Pia): “Parece ‘cassete’, mas os 23 pontos não nos tiram os pés do chão. Claro que estamos muito satisfeitos por termos 23 pontos nesta altura do campeonato, o objetivo é chegar rapidamente aos 36 pontos, acho que nos assegura a manutenção. Depois, queremos desfrutar ainda mais do campeonato, isso é um segredo nosso, desfrutar de cada jogo, sabendo que a responsabilidade está sempre lá. Hoje, o coletivo e o espírito de sacrifício foram determinantes.
Jogámos contra o segundo melhor ataque do campeonato, tem um jogo interior muito forte, tivemos mérito de, à exceção do lance do penálti, neutralizar as situações e não permitimos ocasiões claras de golo do SC Braga. Depois, não tivemos pernas para a estratégia inicial, que era o Godwin ‘bater’ no Tormena, ele quebrou muito cedo. Depois, tivemos a infelicidade de quando quisemos mexer no jogo, já tínhamos esgotados as substituições, duas delas por lesão. Não conseguimos pressionar tão alto como queríamos e começámos a baixar, hoje jogaram muitos jogadores que fizeram 90 minutos pela primeira vez. Levámos três pontos, mas com uma fatura pesada em termos de ‘toques’.
Suspeita-se que sejam lesões grave, nem tanto o Varela, que será mais do impacto da bola, mas do Natel dá perceber que sim.
Nenhum treinador quer fazer uma substituição naquele momento, é uma sugestão que faz sentido, deveria haver uma exceção para não se contabilizar essas situações [de lesões como a de Fernando Varela]