São vários os bracarenses que se queixam de uma ‘invasão’ de percevejos asiáticos (Halyomorpha halys) durante as últimas semanas, com os relatos nas redes sociais a multiplicarem-se ao longo dos últimos dias num grupo criado por cientistas para divulgação de avistamentos deste tipo de inseto.
Um dos casos é o de Manuel Vilas, que seguia no seu veículo em plena Avenida da Liberdade, em Braga, quando um percevejo saltou dos semáforos para a frente da sua mota.
Um participante do grupo que não se identificou salienta que, todos os dias, mata pelo menos três na sua varanda, em Palmeira. “Não são muitos, mas todos os dias aparecem dois ou três”, refere o participante que habita num apartamento situado em andar elevado.
Mariana Gonçalves, de Gualtar, Braga, já os guarda num recipiente, tendo em conta a quantidade de insetos que “ficavam presos nas calhas das janelas”.
Os relatos e “notícias associando o percevejo asiático à vespa velutina” levaram a que a Câmara de Braga publicasse uma nota, também nas redes sociais, a descansar a população, dizendo que o animal é inofensivo para o ser humano.
A autarquia “esclarece que o percevejo asiático não é perigoso para pessoas e animais, alimentando-se exclusivamente de plantas”.
“Não morde, não pica nem suga sangue e não transmite doenças, exalando apenas um cheiro forte e desagradável”, prossegue a autarquia.
Contudo, este percevejo conseguiu instalar-se no continente europeu nos últimos dez anos e tem provocado vários estragos nas árvores de fruto.
Dessa forma, “os agricultores devem estar particularmente atentos à eventual presença do inseto em maquinaria e bens que entrem nas suas explorações agrícolas”.
A Câmara diz que as únicas soluções para acabar com este inseto são as habituais “ações de desinfestação química disponíveis no mercado”.
A autarquia refere ainda que quando o calor baixar, certamente ainda este mês ou no máximo em novembro, os insetos vão hibernar “nas fendas de edifícios, barracões e zonas mais sombrias para hibernar, aglomerando-se em grandes quantidades nesses locais”, pelo que também é necessário ficar atento a essa situação.