“Estávamos fartos de ser discriminados em relação às grandes embarcações”. Foi desta forma que António Coimbra de Passos, presidente e fundador da novel Associação de Pescadores Ribeirinha de Viana do Castelo, classificou a fundação para a criação deste novo grupo.
Outro dos motes passa por “unir os pescadores das pequenas embarcações locais”, que habitualmente só se encontravam nos cafés.
A O MINHO, o responsável pela associação lançada ontem, em Viana do Castelo, explica que os ‘pequenos pescadores’ nunca sabiam atempadamente os prazos para subsídios ou quando poderiam requerer algum apoio.
Lembrou também que aquando da construção do parque flutuante de Viana do Castelo, apenas as grandes embarcações estavam a receber indemnizações, ao contrário das pequenas, com quem ninguém se importou em falar.
“Na altura tivemos de pagar 50 mil euros a um advogado, e isso também nos fez ver que unidos conseguimos mais coisas”, recordou.
António afirma também que os “pescadores só estavam unidos dentro dos cafés, ou quando houvesse algum problema, e acabava sempre o pescador mais pequeno prejudicado”, por isso, agora, a associação “está aqui para lutar, não só pelos direitos das pequenas embarcações mas também pela zona ribeirinha, de acondicionamento, tudo aquilo que diz respeito à zona de pesca em si mas também ao local de atracamento”.
Neste momento, são cerca de 30 associados, um deles uma embarcação costeira e as restantes locais.