“A sentença foi justa e equilibrada pelo que não vou recorrer para o Tribunal da Relação”. Foi assim que se pronunciou o advogado de defesa, João Ferreira Araújo acerca da pena, três anos e dois meses de prisão – suspensos – que foi aplicada pelo Tribunal de Braga, por homicídio agravado na forma tentada, a Arménio Araújo, de 30 anos, de Braga.
Na moldura penal, o Tribunal teve em atenção que o arguido está integrado socialmente e terá praticado um ato isolado, que não se prevê tenha continuidade: “nem sequer ficou sujeito ao regime de prova”, disse o jurista a O MINHO.
O arguido – dizia a acusação agora dada como provada – travou-se de razões com outro homem na rede social facebook e os dois combinaram, em maio de 2019, um encontro para resolver o assunto.
O ofendido, Carlos Alves, segurança de profissão, apareceu junto ao estabelecimento Elefante Azul, em Maximinos. Estavam pegados e, ambos, prevendo sarilhos, levaram amigos.
O Arménio transportou a pistola e um aerossol de autodefesa: “se quiseres problemas está aqui para ti”, disse, dirigindo-se ao outro contendor. E exibiu a arma. Aí, o Carlos deu-lhe uma bofetada, levando-o a recuar três metros. Armou, então, a pistola e tentou disparar mas ela encravou.
Fugiu, depois, com o Carlos no seu encalço e, nesse entretanto, fez um disparo para o ar. Foi apanhado pelos perseguidores e voltou a sacar da arma, mas esta tornou a encravar. Envolveram-se, então, em confrontos físicos e a arma caiu ao chão. Fugiu, de novo, mas acabou por ser imobilizado.