O líder eleito do PS, Pedro Nuno Santos, assegurou hoje que o partido não vai e não precisa de começar do zero o novo ciclo político, algo que a direita teria que fazer se ganhasse as eleições.
No discurso durante o jantar de natal do grupo parlamentar do PS, que junta deputados, membros do Governo e dirigentes do partido, Pedro Nuno Santos reafirmou o “orgulho no legado” destes oito anos de executivo socialista, considerando que não será preciso contrariar nada do que foi feito, mas sim continuar o caminho que vinha a ser prosseguido.
“Não está tudo bem, nós somos os primeiros a assumi-lo e com propriedade podemos dizê-lo, mas nós também sabemos o seguinte: nós não vamos começar do zero, nós não precisamos de começar o zero. Nós temos que continuar o trabalho que foi iniciado e de concretizar muitas das sementes que foram lançadas”, disse.
Seja na habitação, na saúde ou nos outros temas aos quais assegura que o governo socialista deu prioridade, Pedro Nuno Santos assegurou que os socialistas “não começam a falar do zero”.
“Nós não começamos do zero, mas a direita teria que começar do zero se ganhasse as eleições. Teria que começar do zero porque eles não concordaram e não concordam com o caminho que nós percorremos”, defendeu.
O novo líder dos socialistas referiu que a direita não teria subido nem as pensões nem o salário mínimo nacional e teria deixado a habitação para o mercado.
“Em vez de um país para todos nós teríamos um país de vencidos e de vencedores, teria sido esse o legado que o PSD teria deixado ao país”, atirou.
A direita, de acordo com Pedro Nuno Santos, quer competir no “linguajar com a extrema-direita, com o Chega”.
“Hoje é pouco o que distingue do ponto de vista discursivo o líder do PSD do líder do Chega”, atirou.