O secretário-geral dos socialistas disse na noite de quinta-feira que o partido “nunca tentou suspender, cancelar, adiar ou esconder” as celebrações do 25 de Abril, lembrando que o PS já existia há 51 anos e lutava pela liberdade.
“Nunca um Governo do PS tentou alguma vez suspender, cancelar, adiar, esconder as celebrações do 25 de Abril, porque nesta casa nós temos orgulho na Democracia, na Liberdade, no 25 de Abril, do que os homens e as mulheres de Portugal conseguiram fazer há 51 anos. Aqui não escondemos o 25 de Abril, aqui celebramos o 25 de Abril”, sublinhou Pedro Nuno Santos.
Em Guimarães, num jantar de apresentação da candidatura de Ricardo Costa às próximas eleições autárquicas à câmara vimaranense, o líder do PS lembrou que no 25 de Abril de 1974, há 51 anos, o partido já existia, e que lutava pela Liberdade e pela Democracia.
“Foi assim que há 51 anos este país viu nascer a Liberdade, a Democracia, e quem estava na luta eram muitos homens e muitas mulheres, mas nessa altura já havia um partido chamado Partido Socialista e um grande líder, Mário Soares, a lutar pela Liberdade e pela Democracia em Portugal”, declarou Pedro Nuno Santos, perante cerca de 1.500 apoiantes.
O Governo esclareceu na quinta-feira que o decreto que instituiu o luto nacional pela morte do Papa Francisco não impõe quaisquer restrições à celebração do 25 de Abril por entidades públicas ou privadas, limitando-se a definir a conduta dos membros do executivo.
O decreto “não impõe ou fixa, ele próprio, quaisquer medidas ou restrições específicas às atividades de entidades e pessoas públicas ou privadas”, apenas se “limita a determinar o luto e fixar as respetivas datas”, lê-se numa nota oficial da Presidência do Conselho de Ministros destinada a esclarecer “dúvidas suscitadas” quanto ao impacto do diploma.
“As opções de conduta definidas pelo Governo aplicam-se aos seus membros, e em nenhum momento foram dadas instruções relativamente a atividades de outras entidades (incluindo municípios e associações) ou das populações”, lê-se no comunicado.
Abordando diretamente as comemorações do 51.º aniversário do 25 de Abril, o Governo afirma que “participará na sessão solene realizada na Assembleia da República, bem como em cerimónias oficiais organizadas por municípios”, durante as quais deverá haver “momentos de homenagem ao Papa Francisco, incluindo a observação de um minuto de silêncio”.
O programa de eventos de natureza festiva que estavam previstos para a residência oficial do primeiro-ministro “foram adiados para o dia 01 de maio seguinte, mas não foram cancelados”, esclarece o comunicado.
“A tradicional abertura da Residência Oficial (jardins e piso térreo), com distribuição de cravos, mantém-se no dia 25 de abril”, acrescenta a nota da Presidência do Conselho de Ministros.