O coordenador superior de Investigação criminal Pedro Machado tomou posse esta tarde, no Porto, entrando já para a história como primeiro director da Polícia Judiciária do Norte não sendo magistrado, mas sim da profissional de carreira da PJ.
Na sua tomada de posse, a par da nova subdiretora da Diretoria do Norte da PJ, Helena Monteiro, o novo responsável da Polícia Judiciária na Região do Norte, incluindo a PJ de Braga e a PJ de Vila Real, Pedro Machado fez questão de afirmar na cerimónia tratar-se de uma decisão ímpar.
Sobre o ineditismo desta nomeação, que rompeu uma tradição na Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, sempre dirigida por juízes ou por procuradores do Ministério Público, Pedro Machado não fugiu a essa questão.
Reconhecendo que a sua nomeação “encerra inequívoco significado histórico e simbólico neste departamento, sendo que é inegavelmente a Diretoria do Norte da PJ a maior e mais complexa unidade orgânica toda a estrutura da Polícia Judiciária, pela sua incomparável dimensão, volume processual e abrangência funcional”, José Pedro Machado deu conta que em nada a mudança afetará o relacionamento com as magistraturas.
Sobre ser um profissional da própria instituição a liderar um departamento com grande dimensão, José Pedro Machado, de 57 anos, salientou que tal opção superior “é uma mudança já consolidada ao longo do tempo em outras unidades orgânicas da PJ e que tem aliás o seu expoente no dirigente máximo desta Polícia”, referindo-se ao diretor nacional da PJ, Luís Neves, que ali esteve na tarde desta quinta-feira a presidir ao ato de posse de Pedro Machado e de Helena Monteiro.
Importante, ainda segundo José Pedro Machado, o novo paradigma não belisca minimamente a umbilical relação de afinidade e sintonia funcional entre esta Polícia Judiciária e a magistratura, em especial a do Ministério Público, como também não configura qualquer desvirtuamento da identidade e matriz da PJ”.
Na cerimónia de posse estiveram, entre muitos outros responsáveis da PJ do Norte, os coordenadores de investigação criminal António Gomes e Henrique Correia, a par da inspetora-chefe Marlene Vilaça (PJ de Braga) e o coordenador de investigação criminal António Trogano (PJ de Vila Real).