Jerónimo de Sousa acaba de anunciar que o PCP vai votar contra o Orçamento do Estado na generalidade, o que, na prática, significa o ‘chumbo’ do documento na Assembleia da República e a abertura de uma crise política no país.
O PCP vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) na generalidade, anunciou hoje o secretário-geral do partido Jerónimo de Sousa, sustentando que o país “não precisa de Orçamento qualquer”.
“Neste contexto, face ao quadro de compromissos e sinais dados [pelo Governo socialista], o PCP votará contra este Orçamento”, anunciou o dirigente comunista na sede do partido, na Rua Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa.
Jerónimo de Sousa sustentou que “Portugal não precisa de um Orçamento qualquer, precisa de resposta aos problemas existentes que se avolumam à medida que não são enfrentados”.
Portugal não precisa de um Orçamento qualquer, precisa de resposta aos problemas existentes que se avolumam. Há condições e meios para lhes responder. Face ao quadro de compromissos e sinais dados, o PCP votará contra este Orçamento do Estado. ⤵ https://t.co/jUFFSEoHiY
— PCP (@pcp_pt) October 25, 2021
Por isso, o partido votará contra a proposta, uma vez que o Governo recusa responder aos flagelos do país, apesar de haver “meios e condições para lhes responder”.
O voto contra dos dez deputados do PCP no Orçamento do Estado para 2022 hoje anunciado determina, desde já, o seu ‘chumbo’ na votação na generalidade, marcada para quarta-feira.
O documento tem votos a favor dos 108 deputados do PS, mas 115 contra (a confirmar-se o do BE, que se junta a PSD, CDS-PP, Chega, IL e agora PCP), além de 5 abstenções (PAN e duas deputadas não inscritas).
Apenas falta anunciar o sentido de voto do Partido Ecologista “Os Verdes”, mas, mesmo que os seus dois deputados votassem a favor do documento, seriam insuficientes para aprovar o Orçamento.