O PCP do distrito reclama que a vinda do Governo a Braga, a 3 e 4 de maio, e a respetiva reunião do Conselho de Ministros, “não seja uma mera ação de propaganda, mas sim uma resposta às aspirações das populações”.
E propõe 27 investimentos ou medidas de política legislativa, entre as quais a construção do novo Hospital de Barcelos-Esposende e de uma ligação ferroviária entre Braga e Guimarães, com a perspetiva de fechar a malha ferroviária do quadrilátero Urbano, entre Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos.
A lista de reivindicações inclui, na área da Saúde, a conclusão das obras de beneficiação no Hospital de Guimarães e o lançamento das de beneficiação do de Famalicão.
Pede a ampliação das instalações do Hospital de Braga, a melhoria dos centros de saúde, e o alargamento dos horários de funcionamento. Quer, ainda, reforço do número de médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde.
No capítulo do ‘Acesso à Habitação’, exige a construção de habitação pública de renda apoiada ou condicionada, e condições de habitabilidade para centenas de habitações do Estado/Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, nomeadamente dos bairros sociais.
No domínio dos transportes públicos, pede o reforço das verbas do PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária), e a concretização de um passe social intermodal – um título único para todos os transportes, similar ao Andante, no Porto, ou Navegante, em Lisboa – de 40 euros ,nos territórios das CIM do Cávado e do Ave, em articulação com a Área Metropolitana do Porto.
Educação, desenvolvimento e serviços públicos
No setor da Educação, o PCP pede o aumento das vagas e a criação de uma rede pública de creches, e obras de requalificação nas escolas, Básica 2,3 Frei Caetano Brandão, em Braga, e nas secundárias de Amares, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Barcelinhos, e na Padre Benjamim Salgado, em Famalicão. Exige o aumento do número de camas para os estudantes do ensino superior.
No que concerne ao Desenvolvimento económico, solicita apoio ao setor produtivo, às PME’s, aos setores tradicionais (têxtil, vestuário e calçado, metalurgia, cerâmica, construção civil), as zonas termais (Vizela, Caldelas, Taipas, Gerês e outros), aos pequenos e médios produtores agrícolas e florestais e aos baldios.
Quer medidas que invertam a “ruína” dos produtores de leite e da carne, a construção da Barra de Esposende e o desassoreamento do rio Cávado e melhores condições de trabalho e rendimento dos pescadores de Esposende e Apúlia.
Os comunistas defendem, também, o reforço dos Serviços Públicos, lembrando que os tribunais, conservatórias e forças e serviços de segurança necessitam de mais recursos humanos, pedido que estendem à Segurança Social, “onde se acumulam os casos por tratar”.
Cultura e meio ambiente
Na Cultura, defendem apoio a grupos, companhias e festivais independentes, e um plano para a valorização do património arquitetónico (Recolhimento das Convertidas, Teatro Romano de Braga, Mosteiro de Tibães, Palácio dos Duques, Museu Alberto Sampaio, Museu D. Diogo de Sousa, Igreja de Serzedelo, Ponte de Serves, Mosteiro de Rendufe).
E sugerem a defesa das artes e ofícios tradicionais, como a cerâmica, olaria, ourivesaria, palha, arte sacra, e talha.
No que respeita ao Meio Ambiente batem-se pela valorização do Parque Nacional Peneda-Gerês e do Parque Natural Litoral Norte, e pela defesa da orla costeira. Demandam um plano florestal para as espécies autóctones e combate a invasoras exóticas e reforço dos meios do Banco Português de Germoplasma Vegetal (Merelim S. Pedro, em Braga).