PCP diz que privatização da TAP é crime económico que se pagará caro

Política
Foto: DR / Arquivo

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu hoje que a TAP deve continuar na esfera pública e considerou que caminhar para a privatização é “um crime económico” que o país pagará caro.

“Consideramos que uma empresa pública, como a TAP é hoje, precisa de ter critérios de gestão pública e não critérios de gestão privada, que permitiram estas aldrabices, não há outra palavra para o dizer. E que caminhar no sentido da sua privatização é um crime económico que nós vamos pagar muito caro nos próximos anos”, afirmou.

Paulo Raimundo falava nas Minas da Panasqueira, no concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde hoje marcou presença na ação nacional do PCP “Mais Força aos Trabalhadores”, junto dos mineiros da Panasqueira.

Questionado pelos jornalistas sobre a anunciada privatização da TAP, Paulo Raimundo sustentou que será um erro.

“É uma opção errada do Governo, é uma opção errada para o país, e é uma opção errada para a nossa soberania e para os trabalhadores portugueses”, disse.

Referindo que o caminho da privatização está em curso há 20 anos, o líder dos comunistas também vincou que foi exatamente esse percurso que permitiu os escândalos com que o país tem sido confrontado na companhia aérea. Para o PCP, não estão apenas em causa a indemnização da ex-secretária de Estado Alexandra Reis, disse.

“Veja-se os negócios que estão antes e que valem oito, dez, 15 vezes mais de prejuízo financeiro aos nossos bolsos”, apontou, sublinhando que os problemas da TAP não se reduzem aos últimos dois anos ou dois anos e meio.

Nesse sentido, insistiu a que comissão de inquérito à TAP deve ser alargada até ao período em que Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro.

 
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