O secretário-geral comunista afirmou hoje que o Orçamento do Estado 2025 (OE2025), aprovado na sexta-feira, serve “a pequena minoria dos grupos económicos”, quando “falta tanto ao país”, acusando o PS de estar “ao lado do caminho errado do PSD e CDS-PP”.
O líder do PCP, Paulo Raimundo, falava durante um almoço-comício no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz (concelho de Sintra), no âmbito da campanha “Aumentar salários e pensões, por uma vida melhor”, e foi aos bombeiros que começou por dirigir uma palavra.
“Esses bombeiros que, tal e qual como todos os outros trabalhadores, merecem uma vida digna, merecem melhores salários, merecem melhores condições de trabalho. E se há coisa que nenhum bombeiro deste país, nem os de Queluz nem de qualquer lado, precisa é de serem gozados como foram ontem [sexta-feira] na Assembleia da República. Nada disto valoriza e de bombeiros”, afirmou.
O secretário-geral comunista referia-se à presença dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, na sexta-feira, junto ao Palácio de São Bento, a pedido do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, para retirar pendões colocados na fachada pelo Chega.
Os bombeiros estiveram no local cerca de meia hora, mas acabaram por não ter de intervir uma vez que, à medida que se aproximavam das janelas, as faixas eram puxadas por elementos do partido, entre os quais o líder, André Ventura, a partir do interior.
Sobre o OE2025, aprovado com os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP, a abstenção do PS e os votos contra dos restantes partidos, Paulo Raimundo declarou ser “uma peça ao serviço não dessa imensa maioria de quem trabalha e trabalhou, mas sim dessa pequena minoria dos grupos económicos”.
Elencou depois o que “falta ao país”, como profissionais de saúde, professores, elementos das forças de segurança, habitações, lares e creches, para concluir: “Falta tanto ao país. Mas a vastíssima maioria de forças na Assembleia da República, perante aquilo que falta, verga-se sob as ordens de Bruxelas, aplaude o excedente orçamental e, como sempre, garante que há contas certas, sim, mas para o grande capital.”