O PCP criticou a falta de assistentes técnicos na Proteção Civil de Braga, afirmando que existe “apenas um” para todo o distrito, e alertou para os atrasos no serviço que a falta daqueles trabalhadores representa.
Em declarações à margem de uma reunião com a Proteção Civil de Braga, a deputada comunista pelo distrito bracarense, Carla Cruz, explicou que lhe foi dada a garantia que o dispositivo em termos humanos e técnicos daquela entidade “está em condições” para fazer face à fase “crítica” de incêndios.
Carla Cruz salientou ainda a preocupação com o elevado número de bombeiros que emigraram “fruto das condições económicas” que o país atravessou e que levou a que no distrito de Braga haja 1000 operacionais na reserva, estando ao serviço 1700.
“Há um número insuficiente de assistentes técnicos, os chamados administrativos. Não tem nada a ver com a atividade operacional mas com o número de assistentes administrativos que dão apoio as outras atividades da Proteção Civil”, denunciou.
Segundo a deputada, “em Braga há um único trabalhador deste género” o que leva a “complicações” no serviço.
“Há demora nas respostas às solicitações. Por exemplo, há três técnicos superiores que fazem trabalho de inspeções e vistorias, que por lei é obrigatório todas as instituições terem em dia, mas como só há um assistente técnico, um desses técnicos superior que está a dar apoio a essa área. O que significa que se está a retirar técnicos e meios de uma área pata fazer outras atividades”, explanou.
No entanto, ressalvou, “isto não interfere” com o combate aos incêndios levado a cabo pela Proteção Cívil.
“Foi-me dito que em termos de dispositivo, os operacionais estão em condições para responder a esta fase mais crítica dos incêndios, quer em termos de meios humanos, materiais e equipamentos”, salientou.
Outra “preocupação” expressa pela deputada está relacionada como “elevado” número de bombeiros emigrados.
“Fruto daquilo que foram, e são ainda, as condições económicas do país, houve muitos operacionais que emigraram, o que elevou o número de operacionais na reserva para 100 [estando ao serviço 1700 homens]”, referiu.
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