A Concelhia de Braga do PCP considera que “a manutenção dos condicionamentos em vigor” devido ao concelho não avançar no processo de desconfinamento “agravará a difícil situação com que se debatem vários sectores de atividades económicas, culturais e desportivas, com previsíveis consequências sociais negativas”.
Em comunicado, o partido refere que “esta decisão não tem fundamentação na resposta que o Serviço Nacional de Saúde continua a dar à situação”. Neste ponto, a Concelhia comunista salienta que o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, referiu que o Hospital de Braga tinha, na quarta-feira, 10 internamentos por covid-19.
“O discurso de responsabilização individual merece a rejeição do PCP. Com isso pretende-se iludir a necessidade de políticas concretas para a aceleração da vacinação e reforço do rastreio, o investimento em recursos no Serviço Nacional de Saúde e apoio aos sectores mais afetados pela epidemia, visando a retoma das atividades e manutenção do emprego com direitos”, acrescenta o comunicado.
O PCP salienta que “os progressos que se têm vindo a verificar no país são o resultado do avanço da taxa de vacinação, do aumento significativo da testagem e do rastreio de novos casos”, pelo que exige ao Governo “as medidas necessárias, nomeadamente a aquisição de mais vacinas já referenciadas pela OMS, garantindo assim a vacinação rápida de toda a população, e a testagem dos grupos populacionais onde a transmissão da doença se está a verificar a um nível mais elevado”.
Braga não avançará para a próxima fase do desconfinamento a 14 de junho, devido à elevada incidência de casos de covid-19.
A decisão anunciada pelo Governo na quarta-feira já era esperada pelo presidente da Câmara, Ricardo Rio, face ao número de casos de infeção registados nas últimas semanas.
Nos últimos dias, o número de novos casos diários tem andado à volta dos 20.
“Nenhuma surpresa [no não avanço do desconfinamento]. Braga já estava a registar um número de ocorrências que nos punha acima deste patamar de forma sustentada”, referiu o autarca.
Entre as medidas que passam a vigorar a partir de 14 de junho, estão o fim do teletrabalho obrigatório, horário da restauração alargado até à meia-noite para entrada de clientes e encerramento à 01:00, e fim de qualquer imposição no horário do comércio.