Paulo Rosário, do SC Braga, venceu hoje a prova dos 3.000 metros nos campeonatos nacionais de clubes de atletismo em pista coberta, em Pombal, conseguindo assim ‘furar’ a hegemonia dos atletas do Benfica (que se sagrou campeão nacional em masculinos) e do Sporting (vencedor em femininos).
O atleta ajudou o SC Braga a conquistar o pódio em masculinos e femininos, alcançando o terceiro lugar, a 37 pontos do primeiro, em ambas as categorias.
Já o Benfica reconquistou o título de campeão nacional masculino de clubes um ano depois de ter desistido da competição, sucedendo ao Sporting, que somou o 27.º triunfo no feminino.
Os ‘encarnados’ asseguraram o 11.º título masculino, ao somarem 98 pontos, mais 28 do que o Sporting, que já venceu a competição em 18 ocasiões e hoje voltou a não pontuar numa prova devido à desclassificação na estafeta 4×400 metros apesar do triunfo na pista.
Os ‘leões’, que partiram hoje para a segunda jornada com um atraso de 10 pontos, ampliado pelo castigo na marcha, contestaram a decisão, na última prova do dia, falhando a presença no pódio da competição, tendo o responsável pelo atletismo do Sporting admitido a desistência das provas coletivas.
“Hoje volto a ser o mesmo juiz que ontem [no sábado] desclassificou o nosso atleta na marcha. Após isto, não vamos ao pódio, tal como aconteceu no corta-mato, e o Sporting vai repensar a participação nas competições de clubes”, afirmou Carlos Silva, em declarações à agência Lusa.
Além da estafeta, o Benfica somou mais quatro triunfos nas sete provas masculinas disputadas hoje, por Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, Isaac Nader, nos 800 metros, Gerson Baldé, no salto em altura, Tsanko Arnaudov, no lançamento do peso.
O domínio ‘encarnado’ só foi quebrado por Abdel Larrinaga, do Sporting, nos 60 metros barreiras, e por Paulo Rosário nos 3.000 metros, tendo o Benfica minimizado danos ao conseguir dois segundos lugares.
No feminino, o Sporting conquistou o seu 27.º triunfo, o 12.º seguido – só foi batido em 2010 pelo FC Porto e em 1994 pelo Benfica –, com mais uma jornada praticamente imaculada, no qual apenas foi batido por Joana Soares, do ACD Jardim da Serra, nos 3.000 metros – prova em que a sportinguista Lia Lemos não foi além do terceiro lugar.
Patrícia Mamona, no triplo, Salomé Afonso, nos 800 metros, Olímpia Barbosa, nos 60 metros barreiras, Raquel Marques, no salto com vara, e a estafeta ‘leonina’ dos 4×400 metros selaram o triunfo ‘verde e branco’, com 101 pontos, face aos 74 amealhados pelas madeirenses do ACD Jardim da Serra.
O SC Braga completou os pódios da 29.ª Nacionais de clubes em pista coberta, em ambos os casos a 37 pontos dos vencedores.
Na segunda divisão, a Casa do Benfica de Faro sagrou-se campeã nacional no setor masculino pela quarta vez, a terceira seguida, e o GD Eirense revalidou o título conquistado em 2020, na última edição disputada devido à pandemia de covid-19.
Segundo dia:
– Masculinos:
Salto em altura: Gerson Baldé (Benfica), 2,17 metros.
800 metros: Isaac Nader (Benfica), 1.47,77 minutos.
Lançamento do peso: Tsanko Arnaudov (Benfica), 20,13 metros.
Triplo salto: Pedro Pablo Pichardo (Benfica), 16,57 metros.
3.000 metros: Paulo Rosário (SC Braga), 8.10,17 minutos.
60 metros barreiras: Abdel Larrinaga (Sporting), 7,78 segundos.
4×400 metros: Benfica, 3.13,59 minutos.
– Femininos:
Triplo salto: Patrícia Mamona (Sporting), 13,77 metros.
Salto com vara: Raquel Marques (Sporting), 3,60 metros.
800 metros: Salomé Afonso (Sporting), 2.06,96 minutos.
3.000 metros: Joana Soares (ACD Jardim da Serra), 9.37,76 minutos.
60 metros barreiras: Olímpia Barbosa (Sporting), 8,32 segundos.
4×400 metros: Sporting, 3.45,73 minutos.
Classificação final:
– I Divisão (Masculinos):
1. Benfica, 98 pontos.
2. Sporting, 70.
3. SC Braga, 61.
– I Divisão (Femininos):
1. Sporting, 101 pontos.
2. ACD Jardim da Serra, 74.
3. SC Braga, 64.
– II Divisão (Masculinos):
1. Casa do Benfica de Faro, 85 pontos
2. Maia AC, 73
3. ADR Água de Pena, 63
– II Divisão (Femininos):
1. GD Eirense, 72 pontos.
. GA Fátima, 72 pontos
3. CF Oliveira do Douro, 71.