Paulo Morais apresentou hoje, no Hotel Flor de Mar, a sua candidatura à presidência da Câmara de Viana do Castelo pela coligação PSD/CDS, garantindo, caso seja eleito, “uma mudança significativa no rumo do concelho”, que crie condições para a fixação de recursos humanos, onde, diz, “falta massa crítica”. E prometeu: “Vou fazer o que ainda não foi feito”.
Uma das “maiores preocupações” do candidato, natural de Viana do Castelo e antigo vereador na Câmara do Porto, classificando-a como um “problema crónico de Viana, nunca solucionado, é o da falta de condições para fixação de recursos humanos qualificados”.
Para Paulo Morais, “é certo que há exemplos de exceção, excelentes empresas em Viana, a dar cartas no país e até a nível internacional. Mas são escassos, são excepções”, por isso considera que “falta massa crítica, falta a criação de muitas mais oportunidades de criação de carreiras de sucesso para os nossos filhos e netos”.















“Impõe-se a aposta no desenvolvimento do tecido produtivo e empresarial, a emergência duma diplomacia económica que fixe investimento e recursos humanos de qualificados. Uma diplomacia económica impõe-se para que mais empresas se instalem em Viana”, disse, a propósito do tema.
Numa plateia de cerca de 300 pessoas, segundo números divulgados pela concelhia do PSD, Paulo Morais entra nesta corrida com a mensagem de que “Viana precisa de um exército de cidadãos livres para derrotar o clientelismo que tomou conta do concelho”.
No seu discurso, Paulo Morais destacou a necessidade de revitalizar a economia local e potenciar os recursos naturais e estruturais da região. “Viana concilia os principais fatores de desenvolvimento em Portugal, estando no litoral e próxima da fronteira. No entanto, continua a ser um dos concelhos com menor PIB per capita do país”, afirmou.
Entre as principais propostas, o candidato apontou a necessidade de melhorar a mobilidade urbana e a acessibilidade ao centro histórico, referindo que “a cidade está desertificada devido à falta de transportes públicos adequados e ao elevado custo dos parques de estacionamento”.
O desenvolvimento turístico foi outra das áreas abordadas, com Morais a salientar “o potencial inexplorado” de Viana. “Temos um património natural único, mas não há uma estratégia eficaz para atrair visitantes, seja de Braga, Porto ou mesmo da Galiza”, criticou, defendendo melhores ligações ferroviárias e rodoviárias.
A fixação de jovens qualificados no concelho também mereceu atenção. Para combater a “fuga de talentos”, o candidato propõe a criação de incentivos para novas empresas, o reforço da diplomacia económica e uma política de habitação pública eficaz, criticando o “abandono do setor habitacional pela câmara nos últimos 20 anos”.
Disse ainda que “Viana do Castelo sofre com a absoluta falta de políticas públicas de habitação”, afirmando não existir “fixação de pessoas sem uma política integrada de habitação”.
“E em Viana, não há qualquer política de habitação no município, a Câmara de Viana abandonou este sector há mais de 20 anos”, acusou.
Ao encerrar a sua intervenção, Paulo Morais reforçou “confiança na mudança” e apelou ao apoio dos vianenses: “Com uma nova gestão municipal, podemos transformar Viana numa cidade mais próspera, inclusiva e atrativa”.