A Associação Comercial de Braga e o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços do Minho acordaram hoje um aumento salarial de 2% e a redefinição das categorias profissionais, num “novo” acordo coletivo para o comércio da cidade.
O acordo, que não era revisto há 10 anos, prevê também alterações no subsídio de alimentação e a diferenciação dos motoristas de transportes, que, no antigo contrato, estavam apenas na categoria geral de motoristas, e o acrescento de outra categoria ligada às Ciências da Computação.
As alterações vão ser sentidas pelos trabalhadores das empresas ligadas às associações comerciais do distrito de Braga, mas os sindicatos já avisaram que “as negociações não se esgotam” com este acordo.
“Consideramos que o futuro da contratação coletiva se afigura promissor, sendo expectável que assuma um paradigma de maior modernidade, estabilidade e previsibilidade”, conferindo-se, “uma atualização de maior flexibilização nas relações de trabalho”, destacou o presidente da Associação Comercial de Braga, Domingos Macedo Barbosa.
O responsável garantiu ainda que será “mantido o diálogo necessário” com os representantes dos trabalhadores, com o objetivo de “dar continuidade à modernização deste importante instrumento de regulamento das relações de trabalho”.
Do lado dos sindicatos, a dirigente do CESMinho, Sónia Ribeiro, avisou desde já que há “pontos a rever no futuro” e que “as negociações não se esgotam” com este acordo.
“Queremos que as condições efetivas dos locais de trabalho sejam melhoradas”, exigiu.
Embora sem dar por findas as negociações, a sindicalista salientou a “capacidade ne negociação” entre patrões e sindicatos depois de um “período de estagnação de uma década que foi muito mau para o setor”.
O acordo prevê ainda uma revisão anual e será agora enviado para a Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho e, se aprovado, entra em vigor duas semanas depois.