Sem aviso, a Pastelaria Caravela, estabelecimento emblemático do centro de Viana do Castelo, fechou portas na segunda-feira. Os motivos do encerramento e o futuro do espaço são uma incógnita. Certo é o espanto e transtorno da população pelo fecho de mais um estabelecimento histórico na Praça da República.
“Há um desgosto enorme da população, porque era um sítio central com um passado histórico acentuado e está toda a gente a tentar perceber o que aconteceu”, refere o presidente da União de Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior, Monserrate e Meadela), José Ramos.
Contactado por O MINHO, o autarca assume que, tal como toda a população, também foi surpreendido com a notícia do encerramento da Pastelaria Caravela e desconhece os contornos do mesmo.
José Ramos não esconde a mágoa por ver mais um estabelecimento emblemático, que recorda desde a infância, ser encerrado.
“Havia o Café Bar, que depois [fundiu-se] com a Caravela, e existia o Café Américo, que já está encerrado há muito tempo, chegou a ter lá um pronto-a-vestir, mas agora está abandonado”, refere o presidente da União de Freguesias de Viana do Castelo.
“Abriram outros novos, mas os que eram a história da Praça da República neste momento estão encerrados”, realça.
O autarca considera que o desaparecimento destes estabelecimentos não põem em causa a identidade do centro histórico vianense, cuja “razão de ser” são os Paços do Concelho ou o edifício do Museu do Traje, “mas agora nota-se que é um espaço mais vazio. É mais bonito ver a praça composta”.
Nas redes sociais, muitos foram os que lamentaram o fecho da Caravela e os que aventaram diferentes motivos para o mesmo, os quais permanecem desconhecidos, bem como o que acontecerá ao espaço.
Nesse sentido, O MINHO tentou contactar a gerência da Pastelaria Caravela, mas sem sucesso.