Vários restaurantes do concelho servem, em regime ‘tale-away’, nesta Páscoa, o Cordeiro à Moda de Monção, conhecido como ‘Foda à Monção’, anunciou a autarquia.
Em comunicado, a Câmara de Monção salienta que, “em período de confinamento, devido à pandemia, as reuniões familiares alargadas estão proibidas, sendo natural que, este ano, aquele afamado prato do nosso concelho não esteja em lugar de destaque na mesa da Páscoa”.
Contudo, salienta a autarquia, “quem aprecia esta maravilha gastronómica, pode degustá-lo na tranquilidade do lar, uma vez que vários restaurantes de Monção vão ter disponível, em regime de ‘take-away’, este prato autêntico com sabor único, que tanto diz à comunidade monçanense”.
Porquê “Foda à Monção”?
O Cordeiro à Moda de Monção foi vencedor do Concurso Nacional “7 Maravilhas à Mesa” e é um prato tradicional da Páscoa. A sua confeção, em alguidar de barro e levada ao forno de lenha, vem de tempos ancestrais, tendo atravessado gerações de cozinheiras monçanenses.
“O nome artístico, digamos assim, reflete bem o caráter afável, folião e bem-disposto dos monçanenses”, refere o comunicado, explicando de seguida a história daquela iguaria.
Reza a história que os habitantes do burgo, que não possuíam rebanhos, dirigiam-se às feiras para comprar o animal. E, como em todas as feiras, havia de tudo, bons e maus. A verdade é que os produtores de gado, quando o levavam para a feira, queriam vendê-lo pelo melhor preço.
Desta forma, nas semanas anteriores, para que os animais parecessem gordos, punham-lhes sal na forragem, o que os obrigava a beber muita água. Na feira, onde os ditos eram comercializados, apareciam com uma barriga cheia de água e pesados, parecendo realmente gordos.
Os incautos, que não sabiam da manha, compravam aqueles autênticos “sacos de água” e, quando se apercebiam do logro, exclamavam à boa maneira do Minho: Que foda! O termo tanto se popularizou que o prato passou a designar-se, por estas bandas, como foda. De tal modo que é frequente, pelas alturas festivas, como a Páscoa, ouvir dizer: “Ó Maria, já meteste a foda?”.