Os 2 grandes vencedores destas eleições são Pedro Passos Coelho e António José Seguro. E isso acontece porque o Povo Português tem memória, é honrado e começa a perceber e a excluir os chicos espertos que por aí andam.
Agora, e em face dos resultados de domingo, resta saber se o governo que se formará é suficientemente estável e irrevogável para termos 4 anos de crescimento e desenvolvimento. Isso é o que mais nos deveria ocupar. A todos e não a uma parte.
Obviamente que quem tem que constituir governo é a Coligação PaF. O golpe palaciano imaginado por aquela parte da esquerda obsoleta que se arrasta e putrifica no PS, CDU e Bloco só tem correspondência histórica com aquele ministro iraniano da propaganda e comunicação que recriava diariamente uma realidade virtual.
Os Portugueses foram muito claros na expressão e dispersão dos votos.
Assim, o melhor que António Costa poderia fazer a Portugal teria sido demitir-se da liderança do PS e permitir que se abrisse um novo ciclo de liderança do maior partido da oposição.
Não o fez. Preferiu ficar agarrado a um poder instrumental para não morrer politicamente. E quis ficar nessas condições porque a outra alternativa seria ir atrás da inconsciente Catarina e do obsoleto Jerónimo, o que significaria uma catástrofe histórica para o PS, um partido basilar da nossa república, historicamente construtor das regras da nossa democracia e pró-europeísta comprometido.
Por outro lado, e para enorme surpresa de muitos, o PSD é de longe o partido mais vencedor em eleições legislativas em Portugal. Desejo que a esse desempenho eleitoral corresponda a devida ação governativa e reformadora.
Estes resultados confirmaram ainda que o PSD não precisava de se coligar com o CDS. Pedro Passos Coelho não precisa de Paulo Portas para ganhar eleições.
O CDS tem que ocupar o lugar de partido de 1 dígito que pontualmentete acaba por apanhar uma boleia para o Governo. O estatuto de Vice Primeiro Ministro artificialmente criado para o irrevogável Paulo Portas é dos atos políticos mais repugnáveis da nossa história democrática. Mas isso agora parece não interessar porque os Portugueses perdoaram tal golpe de deslealdade.
A base de entendimento desta coligação foi o produto da máquina do CDS no arrebanhamento de lugares nas estruturas de poder. E tudo isso com a conivência da máquina do PSD através do branqueamento das questões fundamentais.
Em resumo, nada de significativo mudou por agora, por muito triste que seja. Se os votos dos Portugueses forem respeitados e o interesse do País for posto acima de tudo, então o Bloco Central terá que funcionar. Se tal não acontecer, então que se convoquem de imediato eleições legislativas! Portugal não pode ficar refém de chicos espertos!