Declarações no final do encontro Portimonense-SC Braga (1-2), da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
Artur Jorge (treinador do SC Braga): “A primeira parte foi de maior domínio do SC Braga. Fomos capazes de criar as melhores oportunidades, e várias.
A verdade é que o intervalo chega com o SC Braga a perder e tivemos de, na segunda parte, não perdendo essa vontade de ir em busca do golo, tentar ser equilibrados para não sermos surpreendidos pelas transições do adversário.
Após o golo do empate, continuámos em busca do resultado que queríamos, que era ganhar, respeitando o adversário e a sua qualidade.
Creio que é uma vitória justa, bem conseguida, em qualidade, como já tínhamos mostrado noutras ocasiões, mas também em alma e crer, e em saber sofrer quando assim foi preciso.
Os últimos 10 minutos da primeira parte são mais do Portimonense, que estabilizou e nós tivemos um período em que baixámos a nossa intensidade e volume de jogo ofensivo. Na segunda parte, perante uma equipa mais confortável com o resultado, tivemos de contrariar esse conforto, não logo no início da segunda parte, mas gradualmente.
[Grande penalidade desperdiçada pelo Portimonense, aos 90+12 minutos] Era um lance que podia deitar por terra o nosso trabalho e o nosso empenho. Para mim, não existe grande penalidade.
Acho que a ferramenta do VAR deve ser utilizada para podermos confirmar algum erro flagrante ou notório – erro ou infração, se quisermos -, o que não foi o caso. Pareceu estarmos ali um bocadinho à procura de ver onde é que podíamos pegar.
Recordo, porque é importante também, que, com o Vitória SC e com o Marítimo, [houve] duas mãos fora da volumetria do corpo, mais um penálti com o Casa Pia não assinalado a nosso favor, o que faz com que aqui deixe na dúvida aquilo que são os critérios e a forma como olhamos para alguns desses lances”.
Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Pondo na balança aquilo que são as realidades dos dois clubes e dos dois plantéis, batermo-nos desta forma com um dos candidatos ao título, na minha opinião – tem qualidade para isso -, deve deixar-nos orgulhosos.
Não podemos ficar felizes, obviamente, com o resultado, com as incidências da partida, mas foi uma grande prestação da equipa.
Na primeira parte, a qualidade do SC Braga a trabalhar a bola é de altíssimo nível e nós trabalhámos muito. Saímos com muito perigo umas quatro ou cinco vezes, uma delas conseguimos finalizar em golo. A equipa a mostrar personalidade com bola, a defender e a trabalhar muito com uma ‘nuance’ tática que trabalhámos e que funcionou. Também com duas muito boas intervenções do Nakamura.
Na segunda parte, entrámos fortíssimos, o SC Braga estava incomodado e surge aquele penálti caído do céu, que lhes deu a tranquilidade e a confiança que, se calhar, não estavam a ter até então.
Fomos à procura e aparece um segundo golo, quanto a mim precedido de falta [do Vitinha] nas costas do Ricardo Matos. Continuámos à procura e vem uma grande penalidade em que não percebo porquê tanto tempo [de demora], porque o VAR não teve dúvidas e chamou o Tiago [Martins] para avaliar. A bola ia na direção da baliza quando bate na mão do Paulo [Oliveira].
Há um lance em que me parece claramente que o Seck é tirado [da discussão] da bola. Um cruzamento perigoso que ele ataca o lance no ar e o Fabiano, mais baixinho, foi no corpo. É um lance de falta fora da área, dentro da área parece-me a mim que era merecedora de análise.
Pena foi termos desperdiçado a grande penalidade para, pelo menos, levarmos um ponto, que era mais do que merecido por tudo aquilo que a equipa fez”.