O concelho de Caminha registou, no ano passado o maior número de sempre de registos de residência por parte de cidadãos estrangeiros. Ao todo, foram mais 76 cidadãos que em 2020 pediram para residir no concelho, um número que fez aumentar em 26 por cento o número de pedidos, tendo em conta os valores obtidos em 2019.
O aumento de pedidos de residência tem vindo a aumentar nos últimos sete anos, principalmente por parte de cidadãos naturais de países da União Europeia.
Miguel Alves, presidente da Câmara de Caminha, considera que “este indicador confirma o trabalho de atratividade que o município tem vindo a fazer e que alimenta toda a economia”.
“Novos residentes são novos consumidores. Todo o ano. Novos residentes são novos alunos para as nossas escolas, novos cidadãos de Caminha, novos clientes do comércio local, novos membros da nossa comunidade”, defende.
“Os números oficiais são claros, o concelho de Caminha atrai cada vez mais pessoas para o seu território. É o número de residentes estrangeiros que vêm em crescendo, é o número de transações imobiliárias que compra cada vez mais compras de casa no nosso concelho, é a balança demográfica positiva nos últimos anos”, aponta.
“Confesso que tínhamos algum receio com 2020 por causa da pandemia mas foi ao contrário: as pessoas quiseram escolher um local seguro, cuidado e tranquilo que acolhesse a sua família e escolheram Caminha”, afirma.
Os cidadãos de nacionalidade espanhola lideraram a tabela de novos residentes em 2020 com 34 novos “caminhenses”, quase metade dos registos, seguindo-se os britânicos com 13 e os alemães e franceses, ambos com seis novos registos.
De acordo com Lei n.º 37/2006 de 9 de Agosto que regula o exercício de direito de livre circulação e residência, “os cidadãos da União Europeiacuja estada no território nacional se prolongue por período superior a três meses devem efetuar o registo que formaliza o seu direito de residência junto da Câmara Municipal da área de residência”.
Em Caminha esse número vinha a crescer – 19 em 2016, 31 em 2017, 42 em 2018, 60 em 2019 – e atingiu agora um máximo de 76 novos residentes, valor particularmente relevante porque o ano de 2020 foi especialmente marcado pela pandemia que criou vários constrangimentos à mobilidade em todos os países da Europa e do mundo.