País precisa de “Kit’ vida melhor” e não de “kits de sobrevivência”, diz Paulo Raimundo

Durante assembleia nas Taipas, Guimarães
Foto: Lusa

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse hoje que o país precisa de um “kit vida melhor” e não de “kits de sobrevivência”, evocados esta semana pela Comissão Europeia, defendendo “nem um cêntimo” para a guerra.

“O país, a vida de cada um não precisa de ‘kits’ de sobrevivência das guerras deles, precisa isso sim de um ‘kit’ da vida melhor, da vida justa a quem põe o país a funcionar, quem trabalhou uma vida inteira, os jovens, a que a maioria tem direito”, afirmou Paulo Raimundo, no discurso de encerramento da XII Assembleia da Organização Regional de Braga, que decorreu numa escola nas Taipas, concelho de Guimarães.

Segundo o líder do PCP esse “kit vida melhor” é o “kit’ das vidas que contam, o kit das soluções que fazem a diferença naquilo que realmente conta: a vida das pessoas”.

A Comissão Europeia aconselhou esta semana os cidadãos europeus a manyterem em casa um ‘kit’ de emergência com água e mantimentos para três dias para casos de emergência – por causas naturais, como incêndios ou inundações, ou humanas, como acidentes ou conflitos -, ficando a preparação do executivo europeu para julho, quando se começa a debater o próximo orçamento plurianual.

“Choque salarial, casas para morar, tempo para viver, para brincar e educar os filhos. Dignidade para com quem trabalhou uma vida inteira, saúde para todos, só com um SNS [Serviço Nacional de Saúde] forte. É este o ‘kit’ para a vida melhor que se impõe, são estas as respostas a dar, é este o compromisso do PCP e da CDU, a força que conta naquilo que conta: a vida das pessoas”, defendeu Raimundo.

Segundo o secretário-geral do PCP, o partido “não recua nem um milímetro na defesa da paz”.

“Connosco nem um cêntimo para a guerra, todo o dinheiro para as crianças, creches, idosos, lares, educação, saúde, habitação”, salientou o líder comunista.

Paulo Raimundo apontou também críticas ao Governo liderado por Luís Montenegro, considerando que os onze meses do Governo PSD/CDS-PP esteve “assente numa máquina de propaganda e que se portou como uma gestora dos interesses dos grupos económicos, e onde nunca falharam o Chega e a IL, e um PS que viabilizou até ao limite o Governo e a sua política”.

“São todos responsáveis pela ilusão de que o país está melhor, pelo agravar dos problemas e o arrastar do país para a degradação da situação social, económica e política. O país, a vida de quem trabalha e de quem trabalhou não pode continuar tal como está, com os sacrifícios para a maioria e um punhado de grupos económicos e multinacionais a concentrar e acumular cada vez mais riqueza”, acusou Raimundo.

Para o líder do PCP “é urgente pôr fim à promiscuidade entre o poder político e o poder económico e à corrupção que lhe está aliada”.

“O país já percebeu que Luís Montenegro não pode explicar mais nada porque não há explicação possível para o que fez, o que não poderia ter feito e o que devia ter feito e não fez. Quis e quer garantir a todo o custo salvar duas questões: a sua imagem e os privilégios, benefícios e os negócios dos grupos económicos”, referiu Paulo Raimundo.

 
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