O grupo de pais dos alunos do Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, exige conhecer as medidas que serão implementadas com a nova direção a partir de 05 de janeiro.
Em comunicado enviado hoje a O MINHO, este grupo, que lançou um Petição Pública pela “manutenção do sistema educacional e organizacional” do colégio, solicita que o novo programa não entre em vigor no dia 06, como está programado, a bem da “estabilidade necessária” para o ano letivo.
Querem, por isso, conhecer as “propostas a implementar, na sua plenitude, e com o tempo de ponderação necessário para se perceber o impacto das mesmas”.
“Sublinhe-se que hoje o Colégio D. Diogo de Sousa funciona de forma muito estável, com resultados de aprendizagem conhecidos de todos, reunindo uma comunidade educativa que reconhece neste colégio uma Casa de formação de referência”, lê-se na mesma nota.
E conclui: “Somos um Colégio com quase 2.200 alunos, cujo rigor, disciplina, qualidade, dedicação, formação integral de mulheres e homens cidadãos (e cristãos) foram mantidos ao longo dos anos, com elevado esforço e competência de todo o seu corpo docente e discente, orientados de forma eficaz com a chegada do Diretor Pedagógico, Padre Cândido Azevedo de Sá e do Diretor Administrativo, António de Barros Araújo”.
Como O MINHO noticiou, os pais de alunos do Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, vão realizar uma vigília já no próximo sábado, às 16:30, à porta do estabelecimento de ensino católico.
Em causa está a saída do diretor Cândido Sá e do administrador António Araújo, que terão saído dos cargos devido às incompatibilidade com a alteração das novas orientações pedagógicas do colégio.
Nesse comunicado é citado o Papa Francisco, segundo o qual, “cada mudança precisa de uma caminhada que envolva a todos”, precisamente a propósito do Pacto Educativo Global, que poderá estar na génese das mudanças no Colégio D. Diogo de Sousa, em que a iniciativa papal preconiza colocar-se a pessoa no centro de cada processo educativo, ouvir as gerações mais novas, promover a mulher, responsabilizar a família, abrir-se à acolhida, renovar a economia e a política e cuidar-se da casa comum.
Os pais não sabem até que ponto terão impacto nos conteúdos programáticos do colégio os princípios daquela iniciativa papal, que são entre outros, “promover uma educação que priorize a solidariedade, o diálogo e a construção de um futuro sustentável”, receando a entrada de influências da cultura “Woke” e consequentemente dos princípios defendidos pelo Movimento LGBT.