Os encarregados de educação da escola de Pousa, em Barcelos, não compreendem como é que aquele estabelecimento de ensino não foi incluído no programa de remoção de amianto anunciado pelo Governo e que contempla intervenções em quase 600 escolas de todo o país (66 no Minho).
Requalificação da escola de Pousa, em Barcelos, prevê desativação do edifício com amianto
Com 19 escolas a serem intervencionadas, Barcelos é mesmo o concelho que mais se destaca no Minho, mas a da Pousa não é uma delas.
“Não há explicações possíveis”, critica o ‘Movimento Obras Já – Escola da Pousa’, que nos últimos tempos tem reivindicado melhoramentos naquele estabelecimento de ensino.
Em nota publicada na sua página de Facebook, o movimento constituído por “pais, amigos e cidadãos comuns revoltados com o estado de degradação” da escola da Pousa classifica a situação de “incompetência” e exige “a correção do erro e a imediata colocação da EB1/JI da Pousa na lista de escolas intervencionadas para a remoção do amianto”.
“Os filhos da Pousa merecem mais”, sentencia o Movimento, numa publicação em que lembra que a degradação daquela escola foi “debatida na Assembleia da República, onde foi proposto que o financiamento para a sua requalificação viesse do OE2020”.
O programa para a retirada de amianto das escolas preconiza um investimento de 60 milhões de euros, financiado por verbas comunitárias, e abrange 578 estabelecimentos de ensino.
De acordo com o despacho conjunto do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, das 578 escolas distribuídas pelas cinco NUTS II de Portugal continental, 218 ficam no Norte e 163 na Área Metropolitana de Lisboa. Há ainda 107 escolas no Centro (NUTS II), 59 no Alentejo e 31 no Algarve.
As escolas incluídas neste programa são da rede pública da educação pré-escolar, do ensino básico e do ensino secundário.