Os painéis de João Charters de Almeida e Silva expostos na fachada da torre do edifício da Fundação Cupertino de Miranda, em Famalicão, vão ser restaurados, com um investimento de 300 mil euros, foi hoje divulgado.
Na apresentação da empreitada de restauro, o presidente da Fundação Cupertino de Miranda, Pedro Alvares Ribeiro, explicou que esta é uma intervenção “há muito desejada”, uma “operação técnica complexa, estudada durante anos”, que conta com o “acordo e entusiasmo” do autor.
A obra, que deve arrancar em julho e estar concluída no primeiro trimestre de 2022, vai ser um “processo longo”, realizada com base em “pareceres técnicos”, tendo como “objetivo principal assegurar o melhor restauro possível”.
“É um sonho que se concretiza. Ninguém gosta de ver a sua casa sem estar no seu melhor e estes painéis são um ícone da nossa cidade, uma referência, que mostram sinais de degradação, o que é normal num edifício com 50 anos. É normal que haja mazelas”, explicou Pedro Alvares Ribeiro.
A reabilitação anunciada, que pretende “preservar a obra de arte original do artista”, será financiada em 50% pela Câmara Municipal de Famalicão (150 mil euros) e os restantes 50% “por capitais próprios da Fundação Cupertino de Miranda.
Para o presidente da autarquia, Paulo Cunha, “este é um momento mais que oportuno” para uma intervenção naqueles painéis.
“Estamos num contexto de obras na envolvente ao edifício, pretendemos revitalizar toda esta zona, e faz todo o sentido a recuperação deste edifício”, afirmou.
A torre da Fundação Cupertino de Miranda tem 34 metros e está revestida por quatro painéis de azulejos na zona superior e outros seis ao nível do chão superiores, mais seis ao nível do chão, que contam com 50 anos de existência e representam um intuito do Fundador: À Educação e às Artes, Conjugação dos esforços, O Homem e o Universo e, por ultimo, Proteção.